SONHO E VIAGEM

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Bença, madrinha Lindaura.

Era assim os meus costumes. Madrinha Lindaura já morreu. Padrinho Henrique também. Para batizar um filho, os pais escolhiam amigos na cidade. Gente boa. Quase sempre padrinhos de muitos outros. Sem mais nem menos, dia 6 de maio, madrugada silenciosa, Cacoal, ela me veio em sonho. Eu diante da Pensão Macedo, na Rua Benedito Póvoa, Dianópolis, Tocantins.  Não é mais pensão. Um prédio reformado,  diferente e com outra serventia. Entrei na casa, as portas abertas, sem palmas, sem campainha, fui me reencontrando comigo mesmo, com minha madrinha, que não existe mais, a casa, a cidade, o tempo.

Madrinha Lindaura de Seabra Macedo, o que é o sonho?

Senão uma viagem no inconsciente, em busca de uma realidade fantástica. Ou quem sabe estaria a minha mente viajando atrás de uma felicidade distante da infância? O sonho, quem sabe não possa ser explicado pela Lei da Relatividade de EINSTEN, em que tudo é energia, desde que se movimente a equação com a massa e a velocidade da luz?

Madrinha Lindaura, mulher sem filhos, madrinha de muitos. A sua benção em memória e sonhos.

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