Rondônia e os miseráveis

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Rondônia e os miseráveis

Quando veio o resultado do IBGE, que Rondônia tinha cerca de 300 mil miseráveis (pessoas que vivem com o equivalente a 1 dólar por dia), confesso que  tomei um susto. E perguntei, onde estão tantas pessoas abaixo da linha da pobreza em nosso Estado?

Fiquei muito sem graça e perdi parcela do meu ânimo, de ser um eterno gerador de esperanças e pregador de o Estado como: – a  terra das oportunidades. Como? Terra das oportunidades com 18% da população nesta faixa de pobreza extrema?

Duvidei destes dados.

Tenho pouco tempo pela frente, como governador. Mas, ainda dará tempo para mais uma arrancada sensacional,  na busca ativa destas pessoas. Não basta localizar este homem que desvive, descidadão, desgraçado, para mexer na sua inércia absoluta e na descrença de que possa subir alguns degraus da vida.

Aí reside todo mistério, o de localizar e entender, e acudir este cidadão rondoniense.

Então, parto do princípio dos nordestinos, diante  de secas terríveis, seus governadores criaram as frentes de trabalho. É difícil saber antecipadamente o que iremos encontrar pela frente. Se idosos desvalidos, se mães solteiras enfilharadas, se dependentes químicos intratáveis, se vagabundos perdidos nas noites, se doentes e abandonados.

Há necessidade de se estratificar tudo isto,  numa operação de guerra junto com os municípios e parceiros, iniciar um trabalho naqueles segmentos, em que haja possibilidade de reação produtiva, mesmo que sob treinamento remunerado por meses ou anos.

Monitoramento de perto da pobreza extrema. Nada pode ser feito por rompante político, empolgado e populista, mas, sistematizado para o bom aproveitamento de recursos aplicados. Como se fosse um jogo de risco. Prático, rápido e eficiente.

Mas, sim tirá-los da faixa da miséria absoluta.

Não posso considerar Rondônia, um espetáculo de crescimento, quando significativo contingente populacional se encontra na faixa da pobreza extrema.

As formas são diversas e terá que surgir aqui o líder forte para esta guerra declarada de vida ou de morte.  Mas, será que temos mesmo – 300 mil pessoas em nosso Estado, neste estágio de pobreza?”

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