Fiquei sabendo que a Casa Família Rosetta estaria fechando as portas. Eu fiquei imaginando como é que o nosso Estado, governo e sociedade, poderiam permitir uma desgraça deste tamanho recair sobre os nossos brios?
A Família Rosetta nasceu de sonho missionário e vocacional do padre italiano Vicenzo Sorce, ainda nos anos 80. O padre morreu recentemente. Ele conseguia “ofertas” de empresários italianos, para fazer o bem, aqui em Rondônia.
A Casa atende em Porto Velho, Candeias e Ouro Preto do Oeste, prestando serviços a deficientes físicos, dependentes químicos e outros serviços de natureza especial. E vinha assim, sempre, com o padre Vicenzo, pessoalmente, cuidando e se virando para manter a Rosetta de portas abertas. O FECOEP (Fundo para combater a pobreza), criado no meu governo para apoiar também estas iniciativas, veio de aumento da tributação sobre o luxo.
O Padre morreu. Mas Rondônia não morreu. Os empresários rondonienses não morreram. Os fazendeiros rondonienses não morreram. E chega desta dependência externa, deste complexo de “chupa cabra” que o nosso país sempre teve. Um italiano veio aqui e fincou a boa causa. Agora, ela deve ser nossa.
Deixar a Casa Família Rosetta fechar as portas, por falta de apoio, é, antes de mais nada, assinar o atestado da falência do nosso Estado e do Brasil inteiro. Além de uma covardia sem precedentes.
Ela prega a boa causa – o da justiça social. Eu farei a minha parte.
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