As regras da previdência social devem ser ajustadas a cada cinco anos ou até menos. As suas leis devem ser discutidas sistematicamente. Porque irá depender de fatores demográficos, como aumento da vida média, tempo de contribuição, idade mínima para aposentadorias. E o consequente equilíbrio conhecido como atuarial. 
O certo é que ninguém pode contar com valor fixo e perene de direitos adquiridos anteriormente. Não é porque os governos sejam maus ou injustos, é porque no regime brasileiro, que é o de solidariedade, a conta não fecha. É o chamado contrato de gerações: os novos e ativos trabalhadores pagam a conta dos velhos aposentados ou pensionistas.
O melhor regime é o de capitalização, você contrata o serviço é vai pagando em vida o valor que você deseja se aposentar no futuro. É mais ou menos como uma poupança programada. Governo nenhum no mundo pode pagar uma conta, se não tiver jovens trabalhando ativamente e contribuindo cada vez mais e com valores maiores para custeio daqueles que já se aposentaram.
A prova do que falo aqui é a crise visível da previdência social brasileira e de muitos outros países do mundo. O Chile gradualmente fez o seu dever de casa, migrou do regime de solidariedade para o de capitalização. Cada cidadão leva o seu saco de dinheiro para as seguradoras que bem desejar e que sejam credenciadas pelo Governo.
A idade mínima de aposentadoria deve aumentar sempre, bem como o tempo de contribuição, sem distinção de sexos, se civil ou militar. E tem mais uma, não tem como correr desta inexorável realidade. Dói, eu sei que dói, mas, esta é a realidade da vida e dos fatos. Ninguém pode ser aposentado sem a efetiva contribuição.
Vestir o pijama e ir pra casa ou para a praça jogar dominó é coisa do passado. E cada governante, do grande ao pequeno, tem sobre os ombros, os pecados das gerações e dos modelos econômicos e sociais que exauririram. Tudo vai mudar. E precisa mudar.
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