Hoje e a saudade

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Todos nós precisaremos construir nossas saudades. É na infância, longe ou perto, que se armazenam as inesquecíveis lembranças. As melhores amizades. A incorporação dos hábitos, das palavras e das fantasias.

O homem, nada mais é, do que um ser carregado de crenças, fantasias e ilusões. E o sacolejar da história, dos dias que vão passando, as transformações, as novidades, a moda, o perfume, a música, os cheiros, os gostos. Como tudo tem mudado nos últimos trinta anos?

Tudo pode chegar, pode nos iludir, pode nos viciar, mas, jamais se perde a lembrança da infância, da casa, dos hábitos, das broncas, enfim, das ruas e praças. As cidades necessitam de boas surpresas, nos cantos de ruas, nos muros, nos quintais, nas cores das casas, nas árvores floridas. Este conjunto de coisas, compõe o nosso admirável mundo das fantasias.

As escolas, não podem desperdiçar as diversas fases do homem, ensinando o que não há nos livros, habitualmente, que são as histórias contadas, os festejos de época, as danças, os musicais. Tudo somado é que forma o homem, o conhecimento, a saudade, até mesmo o sentimento de pátria, de apego, de amor.

Ninguém pode imaginar como é bom pegar uma sacola e ir à feira livre. Andar de banca em banca. Conversar com as pessoas. Os encontros inesperados. O comércio vivo da sobrevivência. Da mesma forma, visitar os mercados populares, sentar-se a uma mesa, comer tapioca com café, tomar um copo de açaí. Sair pelos corredores mastigando um pé-de-moleque. Ali ninguém repara a compostura, nem etiquetas e muito menos a cerimonialidade dos eventos de rigor.

O homem e o seu povo, encontro e reencontro, é o mais belo palco  experimental disto tudo que se chama – vida. Que se pode acrescentar – vida feliz.

 

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