ESTAÇÃO DA MANGA

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ESTAÇÃO DA MANGA

A estação da manga, lá no Tocantins é final de ano. Por aqui também. Mas, a manga tem estreita relação com o clima, índice de chuvas e intensidade de luminosidade. E a estação coincide com o Natal, até parece um presente. E o Brasil agradece a grande produção de manga nos quintais, ruas, plantios e creio que seja a fruta mais democrática de todas.

Ela está em todo lugar.  Manga demais, como melancia, melão, caju, goiaba. Com a tecnologia do plantio da manga, hoje em dia, tem manga ano inteiro. Os pomares são irrigados, adubados, induzidos as floradas, a boa polinização e tudo bem contado no relógio, para se ter manga ano inteiro para vender. O Nordeste é campeão de produção de manga. Quando fui Deputado sempre recebia caixas de mangas presenteadas pelos colegas produtores, como Osvaldo Reis, de Petrolina – Pernambuco, Júlio César do Piauí e gente de Mossoró – Rio Grande do Norte.

Passo por aí e vejo as mangueiras carregadas. Meu pensamento viaja no tempo e me recordo quando menino subindo até os galhos mais finos, agarrava aqui e ali, puxava folhas para pegar manga espada bem madura (manga rosa, manga massa, manga comum). Só Deus para salvar e proteger os meninos, das quedas, dos maribombos, das formigas e de todas as estripulias que se faz. Ainda mais os meninos do interior, das roças que se movimentam bastante. Nem se compara a diferença entre as décadas que se passaram com as crianças de hoje. De tanto correr, brincar, subir nas árvores, os meus colegas eram todos magros. Não me lembro de nenhum gordinho na sala de aula, nem homem e nem mulher.

Parece que subir na mangueira e catar a fruta bem difícil e chupá-la ali mesmo, dava a impressão que era bem mais gostoso. E juntando a tudo isto, o imenso risco, o esforço dava um paladar  mais compensador. Tudo que se consegue com esforço próprio é melhor.

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