Eu descanso quando me deixo levar pelo olhar no horizonte nebuloso
Eu descanso andando sozinho e devagar concentrado nos movimentos dos pés e das mãos
Eu descanso olhando de cima os cortes na Serra dos Pacaás Novos onde bichos nobres e raros preferem viver
Eu descanso quando beijo efusivamente, imaginando o prazer do macaco aranha na loca da pedra luminosa
Eu descanso ouvindo a chuva fina no telhado e as águas plumosas da cachoeira de todos os beirais
Eu descanso olhando a imensidão verde da reserva dos índios urus
Eu descanso quando começo a viajar dentro de mim mesmo em busca do amor, energia que une e justifica
Eu descanso quando não me vejo mais.
Fevereiro de 2018 (Confúcio).
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