Contemplação
01.01.2010
Aqui não é um mundo perdido. É glorificado.
Ou talvez estúpido
Se comparado a Dubai.
Não dá para se criar o boi por aqui.
O homem se insurge e o cria.
Estabelece o contraponto da discórdia.
O rio com embarcadouro de gados. Passarinho preto e solitário. Coqueiros que abanam suas mãos suavemente. Águas em ondulações mínimas. Uma visão de eternidade.
Talvez o céu.
Na curva do rio eu me encontro do outro lado. Ali deve estar o futuro. O rio e o homem se estabelecem.
Lá vem um barco com dezessete índios. Uma mulher doente. O ritmo inalterado. Como se fosse paisagem. O rio entra no rio e o rio se entende.
Eles se encarnam.
(Observação do cenário do Rio Pacaás Novos, quando subi suas águas e observando o ambiente sereno e puro, em conflito com o homem que teima agredir suas margens. Dubai surgia como um eldorado no deserto, diferente e bem artificial e ali no Pacaás bem nutural. Saiu esta escrita que aí está).
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