- Remendo. Não vejo mais roupa remendada. Quando menino do sertão, roupa tinha que durar, o seu tempo e a do remendo. Toda casa tinha alguém especializado em remendar roupas.
- E os sapatos? Da mesma forma, furava a sola, vinha a meia-sola e nada de desperdício. O pé crescia, o sapato do mais velho ficava para o irmão mais novo.
- Clodomir de Moraes foi um socialista convicto. Foi ativista das Ligas Camponesas de Arraes, Brizola e Mauro Borges (anos 60) e depois exilado. Ficou perambulando entre Cuba, Nicarágua, Honduras e Guatemala. Aprendeu a usar o “guayabeira” de quatro bolsos, alpercata de couro e calça de algodão (tipo rede). Morou em Porto Velho, foi professor da Unir, aposentou-se. Não calçava nada acima de vinte reais. Não era consumista. O Básico. Descobriu um sapateiro na Zona Leste de Porto Velho e era ali que encomendava suas alpercatas ao preço entre dez e vinte reais.
- Colcha de retalhos. Tudo vem das conjuminâncias. Era assim. O aproveitamento de pedaços de pano. Juntando num saco. Para depois, ir costurando, um a um, cores, formas, fronhas, toalhas de mesa, colchas, tapetes. Arte. Por necessidade e ocupar o tempo.
- Sábado, 18 de novembro, fui inaugurar uma OCA (oca de índio). Também, nem precisava falar. Oco é vazio. Oca e maloca são indígenas. Os alunos (indios) da Escola Abaitará construíram. Três meses de trabalho. Por mim, já daria a eles o certificado de ensino médio. O dever de casa cumprido, com as mãos. Acredito que seja o primeiro governador do Brasil a inaugurar uma oca. Tem ritual. Veio uma tribo do município de Parecis abençoar a moradia. O espírito comunitário presente.
- INFOPARTY. Não entendo por que falam “infopari”? Pra mim o “t” é “T” e tem força. A Infoparty é uma festa. Um encontro de “nerds” ou quase “nerds”. Gente do outro mundo do meu, das estrelas, dos filmes cósmicos, da impressora 3-D, games, robótica, chips, bytes, Internet. Diabo que te carregue. A quarta revolução industrial. O pós-digital. Um sucesso. Mais de 6000 participantes. Governo de Rondônia chamando a todos para dentro deste mundo. Inovação.
- RONDOLEITE – todo mundo gosta de café com leite. Queijo. Requeijão. Coalhada. É o leite. Leite de moça (condensado). Ji-Paraná o centro do evento. O Governo quer mais leite. Quer mais tudo do leite. Mais dinheiro no bolso. Mais riqueza para todos.
- PRODUTIVIDADE DO CAFÉ. Êta palavra terrível! Produtividade do cafezal. Blairo Maggi – Ministro esteve em Rondônia semana retrasada. Visitou uma roça na Zona da Mata. Creia: 190 sacas/hectare. Coisa de louco. Enquanto maioria produz 20 sacas/hectare. Isto é tudo. Inovação. Produtividade. Conhecimento. Trabalho e coragem. Se ele pode, todos podem. Meu plano é de 4 milhões de sacas de café por ano no Estado. Por enquanto. Um longo caminho a percorrer. Mas, chegaremos lá.
- Sítio Vitória Garden. Não! Empresa “Vitória Garden”. Produz arranjos florais – rosas do deserto. Eu imaginei que a coisa fosse simples, um viveiro. Enganei profundamente. Uma média empresa, no meio de vizinhos tradicionais, com vaquinhas de leite, currais tradicionais, as casas, pés de manga. Vitória Garden não. Sem vaca e sem curral. Um jardim botânico. Isolado. 11 quilômetros de Urupá. 45 funcionários. 3 caminhões baús. Atende a 16 Estados brasileiros. Tem Sebrae. Tem consultores especializados. Atacado e varejo. e-comerce. Uma família – a matriarca Tereza gerencia o negócio. Os Correios lançaram o selo personalizado – rosa do deserto. Isto se chama Economia Criativa. A arte movimentando a vida.
- Milagre existe. O DER está fazendo milagre. O Estado inteiro em atividade. O MICRORREVESTIMENTO asfáltico. Máquinas poderosas, vai soltando capa de asfalto sobre as rodovias e ruas. Vai e vem. E tudo fica novo milagrosamente. Eu vi em Médici, o povo se encanta. A buraqueira some. Glória!
- MIRANTE DA SERRA – prédio da prefeitura estava um caos. Lonas sobre as mesas, goteiras. Cada chuva uma agonia. Levei dia 18 com Lúcio Mosquini, a solução: prédio novo. Dinheiro do Estado. Lúcio pôs dinheiro na saúde. Governo pôs dinheiro no prédio novo. Vai sair. Um ônibus entregue para os índios Amondawa, que habitam a reserva dos Uru Eu Wau Wau. Festa linda. Ganhei colares. Cocares. Fiquei feliz. Cacique Tari orgulhoso.
- A roça de algodão engana/Antes de ser/ O lençol que se estende tão longe/ Aração da terra/A pureza dos corpos se esvai no horizonte/O branco, a roça e o infinito/As máquinas, monstros de aço/Despedaçam nossos olhos/Brancos.
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