Boatos, fatos e versões

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Boatos, fatos e versões

A maior parte do tempo somos irracionais, por mais que se queira ser o contrário. Porque somos levados por notícias (falsas ou verdadeiras), ondas de esperança ou de desconfiança, que não saem de nós mesmos. Surgem como tremores de terra, energias que não se conhecem, como telepatia entre os muros das casas.

E assim somos levados… como os boatos voam pelos corredores? Na velocidade da luz. Como os fatos são transformados em monstros, tão rapidamente?

E tem muita coisa dita como certa, que lá na frente se mostra completamente errada. Assim como os planejamentos, planos estratégicos, abrir uma empresa, tocar um negócio qualquer. Só o tempo. Só o tempo dirá a verdade nua e crua.

Enquanto isso, somos avessos aos dados concretos, à matemática e aos cálculos, e, nos deixamos levar pelo vento. A propaganda vai nos arrastando, a gente não percebe, mas somos levados. E termina que o nosso conhecimento geral é basal, igual. Todo mundo discute, no outro dia, a verdade dos noticiários da TV ou dos jornais.

As opiniões dos outros terminam constituindo uma verdade aparente, na qual se acredita. Assim como o critério de justiça. Há tanta doutrina jurídica, há tanta coisa em que se fundamenta o que venha a ser justo. E tudo vai passando. De repente um homem bom se transforma em lobo mau, inocente ou não, julgado ou não, ele nunca mais voltará a ser aquele homem novamente.

E não tenho dúvidas, que não tardará que os nossos movimentos, sejam todos inconscientes, conduzidos por megaprocessadores, algoritmos ou plataformas, que criarão pontos de vista comuns e mundiais. E mexerão com as nossas necessidades. E seremos todos conduzidos harmoniosamente, teleguiados e sem nenhuma privacidade.

Se no conhecimento atual, você ainda pensa que sua ação seja racional, e que sabe onde quer chegar, pode ainda comemorar; porque tudo isto está com os dias contados. A irracionalidade é bem fácil de nos enquadrar, porque exige pouco da gente,  não se gastará energia, porque tudo estará milimetricamente planejado para a sua vida.

O que nos resta é contradizer, mesmo sem profundidade, dizer não às notícias tidas como verdadeiras. Duvidar sempre, até para ser o chato. Talvez, para que ainda se possa guardar, mínimas lembranças do Homo sapiens.

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