Quando analisei o resultado da eleição passada, por município, percebi que a minha vitória devo a Porto Velho, Guajará, Candeias e Itapuã. Mais do que humanamente, lógico, a reação imediata, é que devo, apenas, a eles o devido respeito, devoção, agradecimento e mais ainda, só a eles devo contribuir no meu mandato como Senador.
O julgamento intuitivo pode gerar graves erros e equívocos. Quando se abre o mapa, têm municípios com votação insignificante, fecho o cenho, e penso: este nunca mais. Gradualmente, vai se deixando de lado a análise do sentimento humano passar. E se pode constatar a importância de todos os votos. Os muitos e os poucos. E deve subir a análise do momento para entender o motivo do voto.
Quando se escarafuncha motivos e verdades, pode-se enxergar pontas de icebergs, por exemplo, Cujubim. Este município tem ocupações humanas dentro de reservas há décadas, sem nenhuma solução, e é lógico que estas pessoas clamam por soluções e alternativas para suas vidas. Não votaram, porque não tiveram soluções e nem esperanças à vista.
Ariquemes onde moro, tive votação inesperada, baixa, mesmo com tudo feito e muito, aqui, a análise deve ser múltipla, talvez, a fadiga com o mesmo candidato há dez eleições. Sempre o mesmo, décadas sendo o mesmo, e bem votado e prestigiado. Além de outros fatos, batidos pelos adversários, como o aeroporto que não saiu ou o hospital com obra paralisada. O sentimento novo que é o maior motivador do voto imperou por aqui.
E o sentimento se propaga independente de rede social. Ele passa por ondas cerebrais de um para outro. Então, depois de alguns dias, mudei o meu pensamento, ao invés ficar olhando os números, resolvi não mais valorizá-los e agradecer a todos, até mesmo os poucos votos de Campo Novo de Rondônia, que passaram por cima de obras fantásticas que o meu Governo constrói ali.
Deixe pra lá. E indago: quanto vale todos os abraços e beijos. Quanto valeu todo carinho recebido?
Motivo sempre existe, e infelizmente, não sou psicólogo estatístico e nem matemático, para saber o que se passa dentro de um ser humano naquele exato momento. O importante mesmo, é que somos um Estado lindo, maravilhoso e que a nenhum político, principalmente, eleito cabe o direito de análises frias e preconceituosas.
Eu amo Porto Velho, como amo Guajará, e ainda mais Rolim de Moura, como amo Campo Novo e Cujubim e resido em Ariquemes.