Nem se compara, que as mulheres, de longe, ganham dos homens no quesito elegância, estética e beleza. Basta ver quando se chama uma mulher para sair, assim, de repente. Ela sempre diz – espere um pouquinho, deixe-me pelo menos passar um batom. Homem, não. Chega até sair à porta da rua abotoando a camisa, quando não, os botões da braguilha. Já vi camarada sair com sapatos diferentes.
Lá em Ariquemes, o Alano, por muitos anos foi um homem que, por toda vida, cultivou a elegância fina. Pintava cabelo e bigode. Ele mesmo lavava e engomava sua roupa de sair. Cabelo rigorosamente aparado e penteado. Perfumado. Era excessivamente cuidadoso com a aparência. Teve até seguidores, um deles foi o Orlando da Belmira.
Hoje em dia, a estética entrou em cheio na vida do homem, salões especiais, massagens, cirurgia plástica, esfoliação com ácidos, botox e preenchimentos, cortes finos dos cabelos, cremes e mais cremes. Elegância finíssima. Chama a este homem de metrossexual, carregando a tralha de beleza numa bolsa conhecida como “necessaire”.
Eu me lembro do Nico Panca, anos sessenta, em Dianópolis, ele já se carregava de cuidados especiais na aparência, ferindo de morte os conterrâneos, sertanejos comuns, descuidados pelo atraso natural. Nico, de jeito nenhum, era um metrossexual, quando não se pensava e nem se falava nisto. Ele era, pancoso!
Há uma revolução na estética e na beleza. O furor da cirurgia plástica, da dermatologia, incrivelmente fascinante. Junto com a prática de exercícios físicos e uma alimentação saudável, com certeza, dá para chegar aos setenta anos, com cara de quarenta e cinco. De certa forma, cuidar-se bem, quando se pode gastar e no limite do impossível, faz com que a beleza possa ser construída e a feiura amenizada. Mas, sem exageros, dá para ser elegante dentro do seu próprio orçamento.
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