Conversa em família

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Conversa em família

Termina que um governo vira uma família. Aquela família, que na verdade, não é uma família, em seu sentido conhecido. Do pai e da mãe cercado dos filhos. Antes, muitos filhos na barra da saia da mãe. Hoje, um filho já está ficando muito.

Mas, devido a convivência dentro de um governo, a gente vai ajuntando conhecidos, alguns se tornam amigos, como se diz, entre tapas e beijos, broncas, elogios, abraços, muita conversa. E se forma uma cidade de gente que sorri e se diz o nome. O que já é muito.

Eu francamente, não saberei lhe dizer, quantos amigos, de verdade, levarei comigo, depois que concluir a minha tarefa por aqui. Mas, de qualquer forma, só esta convivência, de ouvir, de sentar perto, de sentir falta. Ainda mais eu, que perco o sono, sempre, a qualquer hora da madrugada e me levanto, e daí pra frente, vem aparecendo um filme de tudo aquilo que tenho para fazer, entregar e resolver; e nesta hora, me desculpem os companheiros, lá vão os recados por zap.

Puxa vida! Como estre Zap é bacana. Grande invento.

Nunca vi uma coisa desta. E solto estes bilhetes instantâneos, e mais e mais.  Têm “malucos” que dormem com celular debaixo do travesseiro e me respondem na hora. Dois deles,  acho que não dormem também, que são o Wagner da Secretaria da Fazenda e a Iacira da Caerd. Toca o zap e eles respondem na hora.

Ontem, foi o Ezequiel, este está perdendo os restinhos de cabelos, seguindo a moda do Emerson Castro e a minha. Cabelo zero. Vocês nem imaginam, como é bom não ter cabelo nenhum, primeiro o vento, pra vocês o vento vem, bate na cabeleira e reflete no espaço. E a cabeça continua quente. Em nosso caso, cabelo zero, o vento entra no cérebro, ele fica ali, refrescando o coco da cabeça.

Acho que é por isso que sou calmo, o vento me refresca os miolos. Mas, como estou conversando com esta família, que são meus companheiros de trabalho, quero deixar aqui, no final um recado, porque em casa, quando menino, não tem jeito. De vez em quando, uma palmada, um puxão de orelha, um castigo, uma bronca, um pito veemente. Hoje, é só uma recomendação – não dá para viajar para fora do Estado, de avião, no sopetão, tirar a passagem cedo para viajar ao meio dia.

Avião está caro demais. Será preciso uma programação de 15 dias. Aí a passagem fica bem mais barata e a gente consegue economizar mais. Com prazo, o preço do não planejado, caro, dá para custear três passagens planejadas.

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