JARU-ARU, URU e SERINGAL SETENTA, quando pensa que não o Rio JARU e a cidade. Os vales, grotas, as linhas tortas se ajeitando, dentro do possível rochoso da região. É a cidade teimosa que resolveu fincar-se ali mesmo, nem se importando com o ondulado do terreno. Porque por detrás destas dificuldades mora a riqueza. Tem hora que JARU é feminina (A JARU), tem hora que é masculina (O Jaru), seja como for, ela é assim mesmo, tem o seu próprio orgulho e uma vaidade que só ela sabe ter e não divide com ninguém.
Pois, não mesmo?
Até um brejo meio mangoso (não repare esta palavra), no entremeio dos seus bairros mais populosos, o 7, 4 e o 3, ficou ali estendido, anos a fio, parecendo um enfeite estranho e insolúvel no desafio urbanístico. O BREJO DA BAIXADA.
Um dia deste, passado, LUCIO e eu ficamos ali mirando o brejo, e, num destes repentes da vida veio o estalo: – vamos arrumar este brejo e construir aqui um parque? Olho no céu, olho no chão, o instante para engolir seco e a resposta, como no casamento, foi SIM.
Indaguei como o povo chamava aquele charco? Ele me disse: – BAIXADA. Então, será o Parque da Baixada. E o Aladim da magia, a lâmpada fez a sua parte. Ao invés de palavras, as fotos e as imagens guardam saudades e a musicalidade de todos os bichos, sem alma, que viveram ali e se foram para outras bandas da natureza erma.
A nova paisagem, cenário de encontros claros, até mesmo escuros, podem ser, onde os moradores cultuem a felicidade de conversas, risos, brincadeiras, caminhadas, exercícios físicos, beijos e abraços. É o (a) JARU em movimento permanente.
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