Eu LHE peço de mãos juntas e joelhos assentados, para que não me deixe cair em tentação, neste momento, vale de lágrimas, que passa o nosso querido Brasil.
E aqui em Rondônia, mais do que nunca, vulnerável como é, porque tudo se baseia na base da produção primária. Esta bendita produção que fecha o circuito da vida, que alimenta e retroalimenta a economia, o que vem da roça, vai pra cidade e o que vai pra cidade volta para o campo. E fecha o circuito.
E que não me deixe gastar acima do que posso. E que saia por aí com lanterna acesa, catando migalhas de desperdício e tudo que possa ser desperdício deve ser corrigido. Porque tudo é muito. E tudo soma. E tudo que é migalha, que é pequeno, vai se somando e termina ficando grande. Não posso perder a fé e nem a esperança de superação desta crise e depois da crise continuar do mesmo jeito, controlando o desperdício e os abusos. Para sempre.
Porque o mais importante de tudo é não fazer tudo, porque é impossível fazer tudo e ter um foco em prioridades. E como é difícil escolher as prioridades, talvez, a prioridade, só uma, faz imensa diferença.
Acredito que nada pode ser diferente do que sempre foi, a vocação do Estado, em ser produtor de alimentos. O café, o leite, o cacau, a madeira, o peixe, frutas. Todo mundo sabe disto. Podem vir outras inesperadas riquezas e oportunidades. Que bom que elas venham, e que venham logo, inesperadamente, que nos surpreendam com a marcha da insensatez, de mais um paradoxo, mais uma paranoia econômica, para o lado do bem, do bom e da riqueza.
No entanto, o trivial já sabe qual é – produzir alimentos de qualidade para o Brasil e para o mundo e nada mais. E este “nada mais” significa dizer que o que vier de bom e diferente e inesperado, seja bem-vindo, porque ficará incorporado a nós todos e ficará ainda melhor.
Não se deve sonhar e abusar, nem gastar acima do que a mão alcança. Seguir a vida como ela é, sem inventar moda, mas, fincar na cabeça que tem algumas palavras mágicas na vida de todos os tempos, só sobrevivem os mais rápidos, melhores, os que se adaptam às intempéries do tempo.
Quero fazer, simplesmente, o básico, porque o básico bem feito termina sendo o máximo. Porque se aumentarmos a produção de leite no Estado já é o meu ganho de produtividade. Se manejarmos os pastos adequadamente é a minha inovação. Se recuperarmos as capoeiras e pastagens degradadas já é um espetáculo produtivo. O mesmo se aplicar ao café, ao peixe, à madeira, mineração, serviços. Não inventar a roda quadrada, vamos deixa-la redonda como sempre foi.
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