Perguntei a um e outro, por fim achei a estação do metrô. Eu não sabia comprar o tíquete da passagem. Aproximei de um funcionário de corredor e mostrei o endereço do hotel. Ele me entregou um mapa. Me ajudou a comprar no terminal eletrônico, parecido com o dos bancos, valor de 2,5 euros (equivalente a 10 reais). Passei na roleta, coloquei o ingresso, sumiu para dentro dela e passei. Havia mais de cinco bocas de entradas à frente, peguei o rumo de uma delas, e por surpresa, eu havia chegado ao mesmo lugar que havia saído.
Apenas, dei uma rodada de besta quadrada. Comprei logo mais dois ingressos, de novo, imaginando que perderia, pela falta de conhecimento, pelo menos mais um deles. Só que desta vez fiquei sabendo, que a máquina engole o ingresse e solta à frente. Como mais informação segui a rota. Mostrou um rumo e teria uma escala e troca de composição depois de 16ª parada. Entrei do trem. Fui contando e olhando sem piscar. Cheguei ao local da escala de trem, desci. Fiquei observando, o coração acelerou, dois túneis que deveria seguir um deles, encostei-me a um jovem italiano e pedi para me ajudar. O meu trem iria para São Donato, lá à frente ele me mostrou o elevador eu desci e peguei outro trem amarelo. Pararia na estação Marti, onde o hotel ficaria ali por perto. Mas, eu mesmo não sabia o rumo dele.
Pronto. Desci e tomei o rumo da rua. Na boca de saída havia nome de duas ruas. Uma para a direita e o outro da esquerda. Pensei comigo, vou pela direita. E subi a escadaria, dei de cara com a cidade, porque a composição do metrô corre em alta velocidade debaixo da cidade, em túneis, como se tivesse noutro mundo. Agora sim, eu e a rua, avenidas, prédios, bancas e restaurantes. Fiquei olhando pra todos os lados pra ver se via o prédio do hotel e nada. Segui em frente, ao virar a esquina, e me pareceu um milagre dos céus, dei de cara com o bendito hotel. Respirei fundo de alívio. 16 horas. sem almoço. Tudo fechado. Cheguei num bar e me virei com um sanduíche. Um banho rápido e teria que retornar às 17 h para as assinaturas. Fiz tudo rápido, o corpo queria cama, mas, não poderia deitar senão apagaria.
Retornei de táxi de novo. Agora, foram 42 euros. Corri bastante, mas, cheguei atrasado. 17,30 h, a solenidade havia inciado, alguns discursos, encontrei-me com o embaixador brasileiro que não me reconheceu no aeroporto. Dei um abraço nele. Ficou por isto mesmo. Nem desculpas. Tião Viana insistiu que eu também falasse. Falei alguns palavras sobre Rondônia, assinei o documento, ficaram de me mandar uma cópia e ainda não recebi e pedi licença e saí correndo, de novo para o hotel, peguei o metrô mais uma vez, não errei mais. Fui seguro, até cochilei, toda esta pressa para dormir um pouco e pegar o voo de volta às 4 horas da manhã. Não vou mais falar nada, porque ainda tive umas cabeçadas no aeroporto de Amsterdã, foi mais fácil, porque tinha brasileiro pra dá com pau. Encontrei com a Débora, de Ariquemes, que vinha de férias da França. E daí pra cá foi tudo de letra. Ah! gente, ser um idiota desglobalizado é um sofrimento de fazer piedade, mas, ainda bem que a gente exercita os reflexos de sobrevivência na selva. Agora, peguei como lição, estas viagens de doido, nunca mais. Quando tiver férias, viajarei naqueles pacotes de idosos, com guia, e que todo mundo segue protegido. Bye!
The end
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