A nossa comissão que acompanha as ações do governo federal no enfrentamento à Covid-19 está fazendo um papel que pode ser interpretado como de duplo sentido. De uma parte faz trivial, que é o de promover audiências públicas, fazer belos relatórios. Esses relatórios, muito bem feitos, são pouco lidos. E com certeza, precisarão ser minuciosamente detalhados e cobrados os resultados esperados.
A Comissão é a esperança. Ela tem um poder extraordinário. E teremos que quebrar a monotonia da indiferente burocracia do Estado. O Governo tem boa vontade. O Congresso ainda mais. Discute à exaustão. Vota. Aprova.
O ano 2020 é singular em vários aspectos: – o do sofrimento, da morte, do medo e do isolamento. Os comportamentos estão se ajustando. Mas, o momento exige ação e coragem. Além da confiança que tudo irá passar e depois de tudo, reconstruir novos modelos, tanto na política como também na economia. Agora, ninguém pode prever o futuro. E nem imaginar se estas mudanças acontecerão de verdade. Pode até piorar, devido a facilidade que se tem de esquecer as tragédias e suas dimensões.
Se o deputado Francisco Junior faz o relatório, nós temos que ler aquele relatório e partir pra cima, ser mais atrevido. Ele cumpre a obrigação , mas eu tenho, como presidente, de agir com base nos seus apontamentos. Estou fazendo isto.
Dias atrás o Senador Wellington Fagundes deu o grito estridente, justo, admirável – da morte de dezenas de índios Xavantes em Mato Grosso. Eu agi rápido. Provoquei o Ministério da Saúde, daí a pouco vi um avião cheio de técnicos em saúde voando para as aldeias de Barra da Garças-MT.
Então, eu quero ser mais agressivo no sistema das cobranças da emergência, senão não justifica nosso trabalho na Comissão Mista especial.
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