IDEP x ABAITARÁ x EFAs

IDEP x ABAITARÁ x EFAs

Primeiro vou definir as siglas. IDEP (Instituto Estadual de Desenvolvimento da Educação Profissional), ABAITARÁ (Centro Técnico Estadual de Educação Rural Abaitará), EFAs (Escola Famílias Agrícolas).

Teresa Sabino jurava, de pé junto, que o IDEP seria a solução para educação profissional no Estado. Dizia que em outros estados já tinha. E que tudo ia muito bem. E que Rondônia não ia para frente, justamente, por misturar na SEDUC (Secretaria de Educação do Estado) o ensino regular com o profissional, pois este ficava sempre por último e nunca dava certo.

ABAITARÁ era uma fazenda, ali perto de Pimenta Bueno, que o prefeito Augusto Plaza e vereadores doaram para o Estado. Não pensei duas vezes. Ressuscitei a antiga escola, em ruínas, que já teve no local. EFAs não têm donos. Os pais e os próprios alunos gerenciam todas elas. Excelente modelo, veio da França. Temos várias delas no Estado. Formam técnicos justamente para sucessão dos pais, em suas terras, na agricultura familiar.

Só que agora, a coisa tem que funcionar mesmo. O IDEP tem dinheiro. Pode preparar jovens no estado inteiro, com suas escolas estaduais e com o Sistema S (Sebrae, Senai, Senac, Senar), em parceria com escolas profissionais da Igreja Católica em Porto Velho e Guajará-Mirim, e fazer o milagre em nosso Estado. Pode criar cursos das mais variadas profissões, deixando sempre aberta a possibilidade de o aluno voar em seus pensamentos e ir mudando de galho em galho, em todas as atividades possíveis. Enfim, pode formar jovens para o Brasil digital.

O IDEP pode criar e inovar, voar na imaginação. No estado tem prédios fabulosos, grandes; salas, ambientes; os CEEJA (jovens e adultos) que podem ser mais produtivos, além de conseguirem puxar, para os estudos, os adultos que não tiveram chances de estudar no tempo certo e, agora, têm dupla oportunidade: tirar o diploma e aprender uma profissão.

Temos no Brasil 75 milhões de jovens e adultos que não estudaram, nem concluíram o ensino fundamental e o médio. Pra resolver tudo isso, só precisa de coragem, de ousadia; porque o Brasil precisa de ousadia. Precisa da criação de modelos inspiradores para formar jovens para este mundo medonho do não saber, da dúvida do que fazer no futuro, e que coloque o “sustentável” como sendo aquilo que possa trazer alegria e felicidade. Que prepare pessoas para profissões variáveis, do “free-lancer”, do informal, do MEI, fazendo com que tudo possa se movimentar como numa grande espiral.

 

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