- Ariquemes é rica em minerais. Tem de tudo. Cassiterita mais procurada. Volframita. Columbita. Tantalita. Topázio foi desprezado e agora é joia preciosa. Muito mais por se explorar, nióbio é um deles. E tem mais.
- Não quero virar massa de bolo. Porque o Senado, se descuidar lhe põe na batedeira de bolo. E você fica rodopiando. O tempo passa. Não sei quem, mas, me puseram em seis (6) comissões. Eu hein! De jeito nenhum. Só quero Educação, Ciência e Tecnologia e quando muito, a Comissão de Assuntos Econômicos. E já está muito.
- Fui médico de roça. O faz tudo. Desde unha encravada, berne, sarna, malária. Agora, não, eu quero me especializar. Ter um discurso consistente, conhecimento.
- Vai passando o tempo e muita coisa fica para trás. Aquilo que se gosta e não pratica. E nem faz. Adoro cultura, ver um cara cantar bonito, fazer acrobacia, fazer palhaçada, até mesmo na rua. Vejo nos semáforos garotos jogando facão pra cima. Fazendo malabares. Sempre tiro uns trocados no bolso e dou pra eles. Acho este mundo, simplesmente, encantador.
- Sei que não é fácil fazer o que o coração pede. Eu bem sei que prefeito é cobrado é por asfalto, tapar buracos, pontes e bueiros. Arrumar as “linhas”. Raros são aqueles que pedem um show maravilhoso, um coral na praça, um circo para as crianças. Francamente, o que mais quero fazer é isto. Incentivar este lado fantástico da economia. A chamada “criatividade”.
- Quem é que aguenta ler um livro de poesias? Raros. Quem já foi a um sarau de poesia com violas? Raros. Só tem uma coisa, a poesia é para ser assim mesmo, para raros. Excêntricos. Meio doido. Aloprado. Malucos que escrevem coisas que poucos entendem. Basta ler Poema Sujo, de Ferreira Gular, para ver a loucura e a beleza. Fazer um poema, como Manuel de Barros, é fazer uma estrada de ferro, o mesmo suor.
- Ontem, noite, fui com Alice e a filha Bárbara assistir ao show do Renato Borghetti (Quarteto). Gaiteiro gaúcho, extraordinário, no Clube do Choro, aqui em Brasília. Casa lotada. 90% do público era de uma garotada de mais 60 anos. Eu me levantei quatro vezes, andei entre as mesas. Só olhando a cara deles. Era conversa, cochichos, sorrisos, me pareceu que tinham esquecidos netos, filhos e encrencas de família. Borghetti esperto como ele só, mexeu com os corações. Fez de tudo. Do “vanerão”, forró, Luiz Gonzaga, Lupicínio, Mercedes Sosa e até Catulo da Paixão Cearense. E a velhada cantou desabrochada.
- Estava no governo do Estado. E recebi uma comitiva de prefeitos. Cada um falou da sua necessidade. Só um foi diferente. O Cornélio de São Miguel do Guaporé. Ele disse: – Confúcio dê seu jeito e me mande a Banda de Música do Exército no dia do aniversário da minha cidade. Para tocar hinos e “dobrados”, eu quero o retorno do civismo.
- Cornélio foi mais além: estou completando 1 ano de mandato. E olho para a educação, nada mudou. Se brincar até piorou. Me ajude a melhorar a qualidade do ensino em São Miguel! Eles foram embora, eu fiquei com a conversa do Cornélio na minha cabeça. Saí do governo, não levei a Banda e apenas, dei inicio no projeto educacional. Agora, sim, pode contar comigo.
- Recebi dois prefeitos novos, nesta semana que se encerra: a professora Lizete (Cerejeiras) e o delegado Adimar Araújo (Pimenta Bueno). Lizete quer deixar Cerejeiras ainda mais bela, asfaltada. Araújo quer fazer áreas de lazer, bosques ornamentados, para o povo sair de casa e conversar. Obrigado prefeito Hildon Chaves e vereadores de Porto Velho, podem contar comigo, porque Porto Velho sempre me recebeu e acolheu muito bem. O povo de Ariquemes, pode estar pensando – O Confúcio esqueceu de nós. De jeito nenhum. Ariquemes está aqui, dentro, do meu coração.