Redes sociais me sufocam

Redes sociais me sufocam

As redes sociais me sufocam. Talvez, porque meu cérebro não tenha preparo para entender tudo isto. Quando mexo no Instagram faço uma lambança. Minhas netas me falam para ver os “stories”e eu não sei o que venha ser “stories”e nem como respondo as mensagens, e, nem como puxar a vida dos outros que me seguem. E por aí vai. Alguns me falam que o Instagram é mais visto que o Facebook e que o Twitter é mais para  jornalistas, multiplicadores de notícias. E mexe daqui, mexe dali, até chegar no Youtube, que alguns já me disseram que é o carro chefe de todos. E todos eles são controlados pelo Google que sabe da vida de todo mundo,  que tenha um celular ou um computador.  Daqui a pouco, se o bendito Google quiser acabar com a vida de qualquer um, basta soltar nas redes seus milhares de contatos e mensagens. Não tem segredo que escape. Agora é assim. É a revolução dos tempos. Privacidade, segredinho, pé de ouvido, acabou de vez. O Google sabe dos desejos, preferências, amizades e estilo de vida de todo mundo. Ele tem condição de agrupar pessoas com as mesmas ideologias e formar uma multidão humana, que seja favor do Maduro ou que seja contra. Até a cor da sua preferência. O mundo é outro. E eu, por aqui, quando tenho um sufoco, que me trava o manuseio das ferramentas, corro atrás da minha neta de dez anos. E ela, num estalo, dá o comando e ainda me goza: – você não aprende mesmo, né vô!