A Câmara não é o Senado, nem o Senado é Câmara. Porque se um fosse o outro, não precisaria dos dois. Bastava um. No entanto, se não se cuidar bem da competência, termina, sem perceber, sem querer, um fazendo o mesmo serviço do outro. E os dois se perdendo no meio do caminho. Num varejo inútil. De soma zero.
O Senado deve avançar sobre o diagnóstico verdadeiro do país. E cada um trazer pra dentro dele, as dores dos seus Estados representados. Que não difere muito um do outro. Porque a doença é crônica para todos. Só tem que agora, e muito mais agora, a doença se agudizou. E necessita de tratamento de choque. Ou desfibrila ou morre. E ninguém pode fugir da realidade. Qualquer cidadão deste país sabe o que fazer. Tudo mundo sabe o que precisa ser feito. Arrumar a casa. E fazer tudo que deve ser feito, precisa ser feito.
Economia não prosperará sem as reformas. A previdência não há questionamento. Arrumar para valer. O gasto com pessoal, da mesma forma. Mudar propósitos, não só o Executivo (O Presidente) e a sua área. O Estado é muito mais que o Executivo, inclui a todos. Na crise, todo mundo precisa passar por sacrifícios, todos os poderes. Todos. Não há espaço, aqui, neste país, para os intocáveis. O Estado não pode viver somente de esperanças, de aguardar sem limite, atrás dos montes, das nuvens, onde mora a esperança que não chega nunca?
A esperança não é a rocha dura. E nem ação concreta. Será precisa fazer a esperança aparecer, deixar de eterna miragem. Ela não está longe, quem sabe atrás da porta, bota a cara, a luz começa aparecer. Mas, temos que arrumar a casa, para que a esperança, peneira que o vento atravessa, possa dar lugar a verdade, a confiança, caminho aberto para os investimentos. Irei contribuir com a trempe necessária, para segurar a panela: economia, educação e ciência e tecnologia.