Enfim, acabou o período eleitoral, que foi curto, que foi longo, que foi diferente, que foi envolvente, que foi surpreendente, que foi um pouco de tudo, Fla x Flu, euforia, agora, tudo certo e combinado, é hora de começar a planejar para trabalhar. E todo mundo acertar o passo, acertar o rumo, porque tudo foi dito, prometido – chegou a hora de governar.
Eu já tenho comigo, alguns planos, que não vou falar aqui agora, mas, já tenho sim, um deles posso falar, porque não tem nenhum problema, que é uma mania do legislador brasileiro, que é o de ser um apresentador de projetos de lei e até mesmo, aprovação de leis, que aumentem gastos. Eu não farei nenhum projeto para aumentar gastos, sem antes apontar a fonte para a cobertura da despesa.
É muito fácil amontoar leis que aumentem despesas para o Executivo. É muito fácil abarrotar prefeituras e governadores com “presentes de grego”. O governo federal cria programa, jogo no colo do prefeito e do governador, dá um agrado e deixa o custeio por conta deles. Recomendo: não aceitar. O povo quis renovação e fez a renovação, como princípio, é o da responsabilidade, de combater abusos, privilégios e indiferença.
Quero desejar boa sorte ao Presidente Bolsonaro e ao Governador eleito, Marcos Rocha, mais que sorte, muito mais que sorte, porque este acontecimento não se repete, de costume. Foi um tsunami eleitoral, que foi levando, que foi levando, ondas altas, mas, que de agora em diante, o tsunami vem no sentido contrário, que se deve agir, bem pensado, bem escolhidas as equipes, concentrar no que é mais importante de fazer, arrumar a casa, gastar o essencial, fazer poupança e pensar muito bem antes, segurar as nomeações.
Já ouvi esta frase, faz tempo: que governar é cortar pescoços. Isto no sentido figurado, porque a guilhotina francesa, não existe mais, e, muito cuidado com as pressões do que já são ricos, ávidos por mais incentivos e que os empreendedores mais pobres, as famílias precisam de pouco, os artistas precisam de pouco, os pequenos agricultores familiares precisam de pouco, os atletas precisam de pouco, as organizações que trabalham voluntariamente com gente, precisam de menos ainda. E este menos ainda, não pode lhes faltar.
Acabou a festa. Agora, é arrumar tudo, fazer a limpeza , porque campanha sempre deixa muito lixo, lixo de verdade, lixo mental, lixo de palavras ditas ao léu, lixo do lixo, pôr a mão na massa, e a palavra mais forte é coragem e ousadia. Iniciar o desfazimento dos maus costumes. E uma coisa é certa: não perguntem ao Presidente eleito e nem ao Governador o que ele fará no seu governo, de verdade, de verdade, porque ele não saberá responder – tudo vai depender das circunstâncias.