O Brasil não tem nenhuma tradição de pessoa física doar dinheiro ou serviço para os seus candidatos a cargos eleitorais. Deu no que deu. A Lava-Jato. E a corrupção vergonhosa que manchou o mapa do Brasil. Este ano, enfim, mudou o quadro. Parte do financiamento da campanha veio de fundo especial de financiamento público. Não para todos, mas, preferencialmente, para os que já exercem cargos no Congresso Nacional. Os demais amargam a ilusão de que os partidos irão conseguir algum dinheiro. E nada. As mulheres também se iludiram com a anunciada participação no fundo especial em 30%. Raras receberam alguma coisa. Só resta agora, a doação legal de pessoa física, que pode doar para seu candidato, até 10% do que foi declarado no imposto de renda no ano de 2017.
Logicamente, com base no imposto de renda, cada pessoa doa o que puder e o que quiser. Nos Estados Unidos já existe esta tradição das doações, até mesmo pela Internet, de pouco em pouco, o candidato pode obter recursos para a sua campanha ou parte dela. Acho este modelo excelente, limpo e justo. Porque o eleitor contribui e ajuda o seu candidato, não esquece dele, e poderá fazer as cobranças de tudo que prometeu em campanha.
Cada candidato tem uma conta aberta, CNPJ que poderá ser oferecida aos seus eleitores, familiares, amigos para contribuição e assim, juntando tudo, as eleições serão transparentes e não deixa o candidato com o “rabo preso” com nenhum empresário, que mais ou mais tarde irá a cobrar a fatura e trará ao eleito imenso constrangimento e amargura, quando não ser pendurado na justiça pelo resto da vida.