Seria mais um aniversário da minha mãe. Seria… porque ela já morreu. E aí eu não sei direito, se a data de aniversário morreu também com a morte dela. Ou se a data de aniversário é simplesmente uma convenção humana, para medir na fita métrica a extensão da vida, a partir de um número, um mês e um ano. Mas, sendo ou não sendo, eu me lembro sempre do dia 30 de abril, que coincide com a data do seu nascimento: 1930. No entanto, o importante mesmo é a lembrança, que ainda está naqueles familiares próximos. Pois no decorrer do tempo, à medida que o Universo caminha, o tempo some de vista, a pessoa desaparece por completo, nem 30 e nem 1930. Quando passar um século ou século e meio, o cidadão comum, praticamente, nunca existiu. Nem mesmo a lembrança existirá mais, por isso, que é importante, ainda perto, poder lembrar do seu ente querido, com muita emoção.
Deixe seu comentário