Você pode andar pelo Brasil inteiro, aqui e ali, você encontrará uma grande obra, uma
creche, escola, hospital, além das obras da Copa do Mundo, corredores de veículos leves sobre trilhos (VLT) – inacabados. Necessários. Importantes. Mas, as obras estão
paralisadas. Tem uma obra em São Paulo, um esqueletão de concreto, corre em
paralelo com a rodovia para chegar ao aeroporto, segundo fiquei sabendo por um
taxista, está parada desde o governo Pita. E olhe que faz tempo.
Eu falo com freqüência, que o governo pensa num projeto, manda fazer o projeto,
arruma dinheiro para fazer a obra e inicia. Até aí parece mil maravilhas. Mas,
por trás dos panos, surgem forças tão fortes, contrárias à força vetor do governo, que
vai perdendo intensidade, vai perdendo, até que acaba. Tem forças de arrancada e
de brecada.
O vice-governador do Amapá e ex-Senador Papaléo Paes, numa destas conversas de
fóruns de governadores, um suco de cupuaçu e outro, ele me disse – “A rapidez
depende de forças estranhas”. É uma pura verdade. Há uma conspiração diabólica
para que as obras públicas não saiam e fiquem perdidas, carcomidas pelo tempo,
enferrujadas.
Eu pergunto: – será que não daria para continuar, com maior rapidez, enquanto se
apura prováveis irregularidades nos mais diversos processos? Quanto custa uma obra
parada? E quando recomeçar, qual será o preço desta obra retomada? De onde virá o
dinheiro para pagar todos estes prejuízos.
Tenho na minha cabeça, líquido e certo, que é possível dar continuidade às obras com
revisão do projeto e cortes nos preços. Agora, caso a empreiteira, não concorde com
os ajustes, aí sim, cancele o contrato e abra nova licitação. Enquanto se apura a
verdade, responsabiliza a envolvida, mas, a obra deve sair com maior rapidez.
O vetor lançado pelo gestor público, forte e bem direcionado é como um míssil. Logo
depois virão outros vetores tão fortes quanto o primeiro, que vão enfraquecendo a
vontade até que a obra pare de vez. É um míssil lançado e um antimíssil que vem em
sentido contrário e o derruba.
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