UMA TRÉGUA, POR FAVOR

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Os sindicatos tem um rito. O rito natural para as conquistas salariais e de melhores condições  de trabalho para as categorias que representam. Até aí tudo bem. E tudo entendido. Mas, tudo isto, bem justificado, nas condições naturais de temperatura e pressão. Neste momento, o país vive fora da órbita  econômica, onde tudo é extremamente frágil. E o limite completamente imprevisível. Como se todos estivéssemos numa guerra. E a balas e mísseis podem nos atingir a todos. E nos matar ou  nos sufocar. Tem muita gente que quer mesmo é ver o circo pegar fogo. E o quanto pior, melhor. Não é o caso de Rondônia. Gracias!

No entanto, a faca no pescoço, num momento, como este, dói e fere. Fere a todos nós igualmente. De repente, a faca no pescoço, você pensa que ganha, mas, termina perdendo. Mais ou menos como o dono da casa que tem medo de bandido. E coloca uma dinamite na fechadura da porta. O ladrão mexe na maçaneta, a dinamite explode, mata o ladrão, destrói a casa e mata a família. O raciocínio é o mesmo, para o Estado, num momento vulnerável, como conceder aumentos salariais para todos, mesmo que sejam justos? Cabe ao Governo, ir mexendo os palitos na mesa, dando agrados a uns e a outros, bem longe dos seus planos e desejos. Melhor assim, do que deixar o Estado completamente insolúvel, falido e salários que é bom, nada, quando muito,  parcelado e suaves prestações. Basta ler e ver o que nos alerta o maior estudioso em finanças públicas, o competente Raul Veloso. Ele tem na mão a vida de cada Estado e tem alertado o país inteiro. 

Não quero isto. Não farei isto. O que posso fazer, é deixar a porta aberta, sempre, para conversar. Hoje, em dia, o Estado é bem transparente. Basta olhar as contas. Tiremos nota 10 em transparência. Nada é escondido. Todo mundo sabe de tudo que acontece com nossas contas. Basta olhar. Quando tiver margem para se negociar, voltemos a conversar e aí sim, vamos distribuindo a todos o que lhes é de  direito. Agora, arrochar um cidadão, investido do cargo de governador, até a exaustão dos seus limites, constrangê-lo com vaias e outras práticas, não deixa de ser uma tortura, se nada que há no Estado lhe pertence.  

Veja aqui, apenas, um dado: na SEDUC temos apenas um contador, o Ethel. Ele está tão cheio, como um balão, uma agulha que tocar nele, explodirá. De tanto serviço. E no mais, uma empresa, como o Estado, tem jovens concursados para a sua contabilidade, que estão com salários em torno de Cr$ 2000,00, claro, a continuar assim, não iremos segurar nenhum. E uma empresa qualquer, que tenha um orçamento de 7 bilhões por ano, teria um prédio inteiro, cheio de contadores e auditores, para fazer tudo e bem feito. E o Estado não tem este grupo ainda sólido. E tudo necessita ser organizado com prioridade. 

É tão bom pagar e receber os salários no dia certo. Pagar os fornecedores, comprar medicamentos para o povo, tapar os buracos das rodovias e atender bem aos cidadãos! E construir escolas, hospitais e delegacias, e ainda mais, equipar a todos, modernizar os serviços com tecnologia. Cabe ao governador fazer tudo isto, e, deixar para frente um estado sólido, bem organizado e mais que tudo, competentemente com seus recursos humanos bem preparados. 

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