A terra sempre foi motivo de brigas e guerras no mundo inteiro. Parece que a posse da terra exerce um fascínio sobre o homem, tão grande, como o próprio valor da vida. Ter um pedaço de terra, como seu, lhe dá a entender ser dono, e, simbolicamente, ter a posse de um pedaço do planeta. Ou quem sabe, ser dono dele inteiro.
No fundo e essência, ir atrás de mais terra, significa ser forte, poderoso, rico, mudar de vida, ter gente em seus domínios. No passado, as grandes civilizações lutavam por anos seguidos para submeter povos à escravidão e incorporar, quando vitoriosos, novas terras aos seus domínios.
Ter muita terra, enche os olhos, corações e mais poder. Não há dúvida que seja também um ativo financeiro importante. Quando bem trabalhada, um agente econômico, produtivo de riqueza incomparável. Basta ver os filmes de bang bang, de faroeste, que todos nós já assistimos. Os enredos mostravam as conquistas de ermas áreas e lutas sanguinárias entre colonizadores e índios.
E o tempo vai passando, a tecnologia mudando tudo, comportamentos, padrões de vida, mas, as lutas para conquistas de terras continuam, por aqui também, em Rondônia, no século XXI, ocorrem com frequência, os tormentos. As invasões de propriedades por grupos organizados, destemidos, com ritual de crueldade e enxertados dos mais variados tipos de crimes, num mesmo ato, ocorrem com frequência.
Além de ocupações de terras indígenas, unidades de conservação e parques nacionais ou estaduais que ferem a humanidade inteira, vem todo o acervo da violência. Para se conter os instintos dos tempos, a cadeia de insanidades que persegue a história, por séculos, impõe-se a espada da lei, a fiscalização permanente, a regularização das glebas e consequentemente a caracterização da propriedade.
O documento como instrumento de paz verdadeira. É o que espero, como Governador, que se transforme em lei, a Medida Provisória que tramita no Congresso Nacional, no momento, para que o nosso Estado possa ter paz. A paz no campo, tão necessária, como demonstração de que o homem, bicho bravo neste quesito, possa aquietar sua alma, o indócil instinto dominador, mostrar-se, pelo menos, civilizado.
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