SEDAM – uma secretaria técnica

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O desastre ambiental de Mariana, ninguém esquece. O Rio Doce virou lama. E tudo abaixo foi mudando. Acabou com vilarejos. Matou gente. Acabou com tudo por dentro e por fora. Uma desolação. Tudo veio da banalização das licenças ambientais. Por aí se vê, como está certa a nossa Constituição Federal. Qualquer obra, qualquer serviço, que possa potencialmente, provocar dano à natureza, necessita, obrigatoriamente, de ESTUDOS AMBIENTAIS e o consequente, Relatório de Impacto. É isto aí, gente. É isto aí.marianalama

Gabriel o Pensador, em Cacimba de Mágoa, fala muito bem. “O sertão vai virar mar/É o mar virando lama/Gosto amargo do Rio Doce/De Regência a Mariana/Quem nunca viu a sorte pensa que ela não vem/Mas o veneno e o atraso, disfarçado de progresso/Que apodrece a nossa fonte e a nossa foz/Não nos faz tirar os olhos do horizonte/Nem polui a esperança que nasce dentro de nós”.

Ainda por aqui, muita gente, infelizmente, quer  a nossa Secretaria Ambiental, seja um “faz de conta”, vistas grossas pra deixar rolar a praça. Que em nome de um desenvolvimento qualquer, fique tudo liberado, num toque de caixa, sem os estudos merecedores de cuidado e responsabilidade. Pouca gente tem consciência ambiental. Pouca gente. Vamos esquecer o passado. Por favor esqueça. Se houve desmandos, corrupção deslavada, agora, o que mais desejo e quero, é que esta página seja virada. Folhas levadas ao vento. 

A SEDAM deve ser considerada uma secretaria, absolutamente, técnica. Como a SEFIN (Secretaria de Fazenda). Ontem, fiquei sabendo, que tem brecha numa portaria da SEDAM, que veio de denúncia, lá do Cone Sul, que deve se revogar alguns artigos. Tem gente “fazendo” malandragem, transformando áreas de posse em cinco, dez, cem vezes maiores. A SEDAM deve exigir certidão de legitimidade de origem da terra e os documentos necessários. Os “caras” estão falsificando áreas. Documentos frios. E por aí vai. A SEDAM deve ser parceira da Polícia Civil, área de Inteligência, IBAMA, Polícia Federal, para por limites ao desenfreio. 

O Planeta Terra pertence a todos. E não a alguns espertos, que querem dar golpes na humanidade inteira. O mesmo raciocínio pode ser estendido aos fazendeiros desmatadores, aos madeireiros que surrupiam florestas nativas indevidamente, parques, unidades de conservações, áreas indígenas.Aos gases poluentes dos veículos desregulados, aos destinos dos agrotóxicos e de outros contaminantes de águas e solos. Mas, a SEDAM deve ser transparente nos seus serviços, com prazos, metas e fluxo dos processos. Tal qual o Poder Judiciário faz, que os interessados saibam onde seus processos se encontrem e com quem está. 

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