A renda per capita do rondoniense é de cerca de 15 mil reais por ano. Brasília cerca de 60 mil. A nossa renda é quatro vezes menor. É preocupante. Eu quero falar este assunto em todo Estado, para chamar atenção dos prefeitos e vereadores para reagirmos juntos. E criarmos alternativas econômicas para que o nosso Estado saia desta situação. Há imensa desigualdade aqui. Nem falo de região para região.
Teremos que fazer o mapa da pobreza. Cidade por cidade. E daí discutirmos de nós para nós, para buscar as alternativas mais inclusivas possíveis. Não tem fórmula pronta e acabada. Não tem milagres. As melhores possibilidades devem ser discutidas em cada lugar. Ainda mais consultando as pessoas mais pobres. Para sabermos os seus níveis de desejos. E se querem melhorar de vida. Nada adianta desenhar coisas de cima pra baixo. Tem os costumes, tem as crenças, tem os desejos das pessoas e suas disposições para subir degraus sociais e econômicos. O trabalho de melhoria de renda é lento, mas, deve ser iniciado.
Poderemos acenar alguns rumos para segmentos jovens e adultos ainda produtivos. A primeira e mais fácil é o trabalho porta-a-porta pelos municípios. Cadastrar idosos e deficientes físicos pobres nos programas sociais do governo federal. Apoiar financeiramente e capacitar os trabalhadores informais (camelôs, vendedores ambulantes, costureiros, cabeleireiros, manicures, etc) . Valorizar e acompanhar os pequenos negócios com crédito e capacitação. Na agricultura familiar aumentar ainda mais o programa de agroindústria. Aos jovens a técnica de preparação massiva, preparando-os para encontrar onde residem as alternativas de renda. A regularização fundiária e o cadastro ambiental rural para todos aqueles que ainda não tem documentos de suas terras. Aumentar a produção de café na pequena propriedade, a produção de peixe em cativeiro, aumento da produção leiteira.A compra direta da produção familiar pelo governo.
E o mais é a forte é capacidade que tem o homem de se indignar e partir pra cima na busca de soluções. E com certeza, cada lugar tem a sua vocação e a sua potencialidade, muitas vezes adormecidas. Se fossem assim, resignados tantos países e estados não teriam superado suas adversidades e prosperado e ninguém sobreviveria em terras áridas em países como Israel e tantos outros.
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