PLATEIAS: NÃO FALO MAIS

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Este assunto é grave. Já falei o que tinha que falar. Mais nada. Se você me perguntar que gostei: – claro que não gostei. Pra mim foi um horror. Mas, agora, no olho do furacão,  tenho que deixar o tempo passar. E dissecar os detalhes, microscópicos interesses e jogos no meio de tudo isto. Sei lá a quem se beneficia, na célula, alguém ganha. Sempre falei, por todos os lados que o meu propósito foi o de sempre promover a imagem positiva do Estado e do seu povo. Como é que, ao denunciar, o feitiço virou contra o feiticeiro? Acho isto tudo bem estranho. Mas, o que é que posso fazer agora? Aguardar. Fazer a minha defesa na hora certa. 

Muita gente me considera como um boi carreiro. Que se bate o tilintar de argolas na ponta do ferrão, para o boi da guia se enquadrar e receber a canga. E depois sofrer, puxar cargas, assumir a penitencia de todos os pecados do mundo.  Pois não, justamente isto que não vou concordar. Lutarei. Honra é honra. Imagem é imagem. Vida é vida. Sétima de nove campanhas populares ganhas. Seis mandatos exercidos. Tudo limpo. Agora, colocar o chapéu na cabeça de corrupto, isto não. De jeito nenhum. Lutarei como um guerreiro, do começo ao fim. Tenho amigos. Tenho vizinhos. Tenho família. Tenho esposa honrada. Tenho patrimônio limpo. Mesmo que tenha que sacrificar tudo que fiz com  Alice na vida inteira, estou disposto a sacrificar.  Mas, corrupto não. Nem chefe de quadrilha.

Não desafiarei e nem provocarei a justiça. Porque é justamente a sua função – ser justa. Nem a Polícia Federal que cumpre o seu papel. Nem o MP que trabalha o duro mister investigativo. Irei colaborar sempre.  Mas, a mim cabe a boa competente  defesa. Não preciso falar nada de mim mesmo. Basta ver a minha vida pregressa. A minha história. E quem me conhece não acredita em nada disto que se fala, ouve ou vê em noticiários. Encerro aqui o que tinha que falar sobre este assunto triste. Fico agora, num dilema, acabei de ganhar uma eleição difícil. Fiquei alegre. A seguir, a minha alegria turvou pelos acontecimentos. Estou entre o lobo e a estepe. Espero que este ditado popular seja verdadeiro: a justiça tarda, mas não falha. Enquanto isto, vamos ao trabalho.  

Confucio

 

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