Clodomir Santos de Moraes, que foi professor emérito da UNIR e depois de rodar o mundo pobre da América Latina nos anos 70 e 80 criou o seu método de formar mão de obra qualificada: a técnica de preparação massiva.
Consistia em pegar meninos do ensino médio, de comunidades pobres, que precisavam reagir e criar a ali mesmo, trabalho e renda, estando minimamente organizados. É a também chamada Teoria da Organização. E a partir dela, surgiram os movimentos organizados, tendo como base, não uma lavagem cerebral. Mas uma internação obrigatória destes jovens.
E destes treinamentos formavam os TDEs (Técnicos de Desenvolvimento Econômico) e os APIS (Auxiliares de Projetos de Investimentos). A meninada saia faiscando vontade de trabalhar e mudar o seu meio e suas comunidades. Os TDES , que são economistas de guerra, ainda têm por aqui, ilustres personagens, que fizeram estes cursos e vieram a ser prefeitos e seguiram as mais diversas carreiras em Rondônia.
Como base no princípio de Clodomir poderemos formar professores especialistas em matemática, química, física e biologia. Estes estão sempre em falta nas escolas. Fiquei sabendo que, em muitos cursos de matemática, no primeiro ano tem 40 alunos e ao terminar o curso, apenas 3 a 5 concluem. Jamais teremos, nos concursos, professores destas disciplinas com oferta plena.
A saída é formar pedagogos. Adaptar a técnica de formação massiva de Clodomir na formação deles. Um pouco diferente. Mas, o principio é o mesmo. A formação de professores de matemática de guerra. E será assim, que acabaremos com a falta crônica de professores, de disciplinas indispensáveis, que é uma doença crônica no Brasil inteiro, a falta de professores nestas disciplinas. Clodomir morreu, mas, deixou o seu modelo de capacitação, que funciona de verdade. Professores de guerra.
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