A internet e as redes sociais parecem, hoje em dia, que temos um cérebro novo por fora do nosso cerebro de costume. Desconfio, que sem perceber, grande parte da população trabalha mais como esta cabeça extra do que o nosso cérebro que Deus nos deu. É a cabeça de fora, do Facebook, Twitter e de todas as redes sociais, incluindo a poderosa Internet.
As interações, relacionamentos, geram novos domínios sobre você mesmo. Você não é mais você como era antes. Você é um você multiplicado, que para tomar decisões , até para seguir por uma rua, de carro, você consulta amigos se tem blitz, se tem acidentes, se tem engarrafamentos. Você se expõe a intimidade, fala de amor, fala de comida, mostra as unhas e a cor do esmalte, na realidade você se multiplica com o seu outro cérebro artificial.
Por outro lado, de tanto se relacionar você aprende muita coisa que não sabia antes. É a Internet e redes sociais influindo no seu conhecimento. Você encontrou também “novos professores”, por exemplo, o senhor Google é um deles. É a Internet lhe ensinando e você adquirindo novos ocohecimentos. O admirável mundo invisível do conhecimento,.
Mas, tudo isto faz medo. E é para se tomar cuidado mesmo. Porque na hora que você coloca sua opinião “no mundo” destas redes é difícil voltar atrás. A sua palavra e o seu pensamento passa a não ser mais seu, mas, um domínio de todos aqueles que se interessarem por ela. Cada um deve escolher o seu caminho. A prudência fala bem alto sempre. Não se entregue de corpo e alma ao seu cérebro de fora.
Nós sem perceber ficamos agarrados ao iPhone grande parte do tempo. É o nosso cerebro de fora pensando por nós. E esquecemos o nosso que tem memória, consciência,capacidade de aprendizagem, e nós desprezamos o nosso velho cérebro de guerra. Daí a pouco ele se atrofiará e só será usado para ir ao banheiro, vestir a roupa, e isto porque o Google ainda não lhe mandou braços novos para fazer tudo isto. Não renunciemos a nós mesmos.
Nosso cérebro de fora se relaciona com tanta gente, pensa com tanta gente, encontra pensamentos comuns com tanta gente, que estes ramais de contatos tornam-se como novos fios neuronais do nosso cerebro velho, como teias de aranhas pelo lado de fora dos nossos corpos.
Eu sou médico, li muito sobre metabolismo do nosso corpo. Que é a capacidade do nosso organismo executar os seus serviços internos, de aproveitamento dos alimentos e todas as ações que acontecem nas miudezas das nossas células, para manter o nosso corpo vivo e funcionando bem. As redes sociais sociais são sensores que medem as nossas temperaturas externas, os nossos sentimentos, emoções como se fossem – um metabolismo extra e indispensável para as nossas vidas modernizadas.
A esta epidemia de compartilhamentos bons e ruins, que conscientemente ou não vamos nos conectando – é o que chamo de inteligência artificial das redes sociais. E tudo isto é muito bom, muito admirável, até para tomada de decisões. Você fica pedindo sugestões a milhares de pessoas de que modo deve fazer e agir. Esta democratização excessiva nas decisões são perigosas, podem ajudar ou não, mas, nunca se deve abrir mão de você mesmo, da sua consciência e da sua percepção. Em resumo: deve ligar sempre o seu desconfiômetro.
Não entregue sua vida para os outros comerem, como abutres curiosos e desejosos. Mantenha sua rede de relacionamentos sobre seu absoluto controle, se ainda puder.
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