O modelo de mundo humano, com base no capitalismo puro ou no socialismo puro, o intermediário misto, para a direita, esquerda, para baixo ou para cima, o que foi praticado, está aí, comprovado que não deu certo. Raros são os países que estão seguros, que estão estáveis, que estão felizes e os que estão assim, seguem ritos diferentes, ajustam-se de quando e sempre, como se o mundo deles, a sociedade deles fosse outra em que se misturam acomodações históricas com sonhos e ideias. E por aqui, América Latina, Brasil, que sempre foi seguindo o rito do pêndulo e cada governante que chegou ao poder, reinicia o Brasil, como se ele ainda tivesse em 1500 ou noutros tempos. 
A mudança para uma estabilidade e se tiver nos agrupamentos humanos esta palavra estabilidade ou equivalente. Mais parece que seja impossível de se ter, pela natureza própria do homem é de ser instável, em pensamento, em ideal, em emoção, em desejo, mas, vamos supor que exista a estabilidade de vida boa para todos, ainda não se inventou e nem criou o modelo. Só sei que todas as mudanças havidas nas sociedades vieram depois de grandes catástrofes, de grandes guerras, de grandes sofrimentos. Depois de tudo isto, e no fundo do poço, surge no homem um novo sentimento que é o da reconstrução. E se não puder reagir é certa a extinção de modelos, como aqueles que já desapareceram por completo.
A mudança natural, evolutiva, séria, só acontecerá com princípios rígidos, regras incorporadas por gerações e isto leva tempo. E cada passo vem depois de duras lutas democráticas ou por rígidas ditaduras em que o homem vai se adestrando lentamente. E cada cidadão e ou família assumem funções produtivas e conscientes, sendo que ao final, a soma de todas as atitudes refletirá num modelo novo. O segredo de tudo vem da célula sadia. A partir da célula sadia é que o organismo todo também será.
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