Sou brasileiro, faço parte da maioria dos apaixonados por futebol. Domingo, dia 7 passado, assisti ao jogo Cruzeiro x Fluminense. Queria mesmo era ver Flamengo e Grêmio, nenhuma TV o transmitiu. Fiquei ali agarrado ao espetáculo mineiro x carioca. O Cruzeiro tem a cara de campeão, time bonito, inspira segurança, forte. O Fluminense não baixou a guarda. Encarou o timão e deu trabalho. O jogo foi correndo, até que vi uma jogada incrivelmente maravilhosa, que foi o gol de bicicleta do Marcelo Moreno. Além de bom jogador, é uma boa pinta encantador. É brasileiro, naturalizado boliviano e titular da seleção daquele país. O Dunga terá que analisar melhor este jogador. O cara tem uma arrancada de aterrorizar qualquer defesa.
Fiquei pensando na jogada dele. E no tempo da sua decisão em se jogar para trás. Quando a bola voava para a área. O seu cérebro instantâneo calculou. Não sei como? Sem calculadora, sem fórmula matemática, ele mediu velocidade da bola, curva da bola, força da bola, tempo da bola e o seu próprio tempo. E se jogou de costas para o gol, mão esquerda de apoio ao solo, visão atenta em todos os fatores. A ordem do cérebro para os músculos, a força do chute e a sua direção e sentido. Saiu tudo perfeito. Tudo no tempo certo. Você pode pensar que tudo isto é fácil. Tente fazer?
Por isto, julgo o bom atleta como super-homem. Nasceu com coordenações e habilidades diferentes.Imensa capacidade de resolver problemas a cada segundo. Ou milésimos de segundo. Não tem como saber como será o jogo, nem a jogada, nem o drible, o chute, sorte ou não, só acontece com gente especial. Ninguém nasce Messi e nem Neymar e nem Moreno e nem Cristiano Ronaldo e nem Pelé. Com certeza, tem em seus cérebros coisas diferentes de todos nós. Poderemos até ser bons em algumas outras coisas, mas, no quesito esporte, não dá para se comparar.
Como se vê uma jogada como a de Moreno envolve muita coisa da ciência, da matemática, da física, do equilíbrio, da medicina, especialmente, da neurologia e da ciência do movimento muscular. É coisa de doido. Melhor é não pensar em nada disto. E se deliciar com a genialidade dos grandes atletas.
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