- Pinheiro faleceu hoje em Cacoal. Trabalhou comigo no Governo como Residente do DER regional. Não é porque morreu que faço elogio a ele, não. É voz geral dos prefeitos, vereadores, presidentes de associações, que Pinheiro tocou o serviço nas estradas com imensa responsabilidade.
- Pinheiro depois foi para Secretaria Regional de Cacoal, ficou pouco tempo e representou o Governo na região. Veio o inesperado. O AVC fulminante. Em nome do Governo do Estado deixo aqui as minhas palavras de agradecimento a ele e de conforto aos seus familiares. Estas coisas de morte não tem explicações e nem se tem palavras boas para dizer. A morte é a morte. E ela por si se justifica.
- Dia dos pais – claro que os pais ficam com ciúmes das mães. O dia das mães é muito mais charmoso. Parece que a mãe tem nota 9 e pai tem nota 1. Eu puxo pra baixo, só para me igualar ao jogo do Brasil x Alemanha: mãe 7, pai 1. Está de bom tamanho.
- Pai não tem jeito de ser bom ou ruim. Porque o danado do pai está dentro da gente. Metade de cada um de nós é o próprio pai. Se a gente não gostar dele, significa que a gente não gosta da gente. Só tem um jeito de fazer as pazes com o pai, é fazendo as pazes com você mesmo. Então, é melhor amá-lo e muito.
- Meu pai! Agora, eu cheguei a conclusão que estou velho. Porque estou ficando igualzinho a meu pai. Até as manias dele estão em mim. A maneira de andar. A calvície. A gente por mais que fuja, termina ficando perto.
- Meu pai foi candango em Brasília. Trabalhou nas obras dos prédios da Esplanada dos Ministérios e do Congresso Nacional. Nós morávamos numa casa de madeira na Vila Planalto. Ali era o alojamento da empreiteira Rabelo. Que fica bem atrás do atual Palácio do Planalto, onde a Presidente Dilma despacha. A Vila ainda está lá. Só não tem as casinhas de madeira.
- Meu pai era fã do JK. Juscelino andava no meio dos canteiros de obras. De paletó e gravata, botina. E cumprimentava a peãozada. Era Deus no céu e JK na terra.
- Quando Juscelino morreu, meu pai e outros milhares de candangos (nome do peão construtor de Brasília, maioria nordestinos e nortistas), não queriam que o caixão dele fosse levado no carro dos bombeiros. Eles queriam levar JK no braço, trocando a alça do caixão com todos eles. JK foi um craque na política brasileira.
- Meu pai deve ter feito o segundo ano primário. Se fez. Amava ler. Lia até o Código Civil e Penal. E sempre nos estimulou a estudar. Ele era pedreiro. Antes foi vaqueiro. Mais tarde pequeno comerciante. E aposentou com l salário mínimo. Dos seus oito filhos, formou dois médicos, uma farmacêutica e duas jornalistas. Outro foi servidor público do INSS. Os outros dois tocaram suas vidas como bem quiseram.
- Eu quero dizer a vocês, uma pura verdade, não vamos ficar maldizendo o passado e nem xingando ninguém, o Brasil agora, mais do que nunca, está precisando de todos os brasileiros. Enquanto a justiça faz a sua parte. E está fazendo. Nós teremos que manter a esperança em nosso país. E cada um fazer a sua parte. Por menor que seja. E a classe política tomar um rumo diferente. Porque tem que tomar um rumo diferente. Para que possamos superar a crise. Ninguém sabe, ao certo, a extensão desta crise. Nem a sua duração. E nem o estrago que pode fazer. Mas, uma coisa é certa. Nós vamos superar esta dificuldade.
Deixe seu comentário