CONDER (conversativo)

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CONDER (conversativo)

Conder é o Conselho de Desenvolvimento do Estado de Rondônia. Ele se reúne para debater, aprovar ou rejeitar pedidos de incentivos fiscais para empresas no Estado, e sobre o Distrito Industrial de Porto Velho. Sempre com pauta fechada. E ao final, o voto. Pelo sim ou pelo não. E é só.

Eu já vinha falando isto há muito tempo. Seria importante uma pauta aberta para se conversar. A pauta conversativa. Pra gente pensar o crescimento do Estado, o que fazer a mais, diferente, novo, até mesmo o inusitado. Soltar a língua e escorrer opiniões. Tem gente sabida neste Conselho, os bancos oficiais, as federações, o governo, o comércio. Um representante da Assembleia Legislativa. Pois bem, dia 12 passado aconteceu a bendita reunião conversativa. E falo pra vocês, pra mim, foi a melhor de todas.

Cada conselheiro falou. Tema livre. O que fazer para Rondônia atravessar esta bendita crise e sair lá na frente, muito bem. Quais ideias novas poderíamos colocar no Conder? E deixar a reunião correr frouxa, apenas, isto. Choveu ideias.

1. Acordo pela sustentabilidade do Estado, sair por aí, chamar a todos do ramo da madeira para conversar: do ramo do boi e da soja, para que o crescimento econômico possa se casar com a política ambiental e que se deixe a floresta em pé. Basta o que já temos desmatado, é suficiente para tudo. Um acordo novo. Agora.

2. Leite do bem. Aumentar a produção leiteira. Rapidinho. Todo mundo junto. Cada prefeito nomear um veterinário, treiná-lo para tocar o aumento do leite, como missão. Inacreditável ter indústria sem matéria-prima. O aumento do leite no Estado é uma questão de honra.

3. Carne com marmoreio, nobre, refinada para abastecer churrascarias exigentes e o mundo inteiro. Rondônia tem condição de fazer isto. É preciso trabalhar esta inovação da carne de qualidade.

4. O mercado de vizinhança – Peru, Bolívia, Venezuela, Colômbia. O brasileiro é metido a besta. Só fala em China, Europa e Estados Unidos. E esquece do mercado de vizinhança. O Brasil é fechado para o comércio exterior. Tudo por aqui é difícil. Penoso. Caro. A Bolívia está aqui tão perto. O Peru tão perto. E ao mesmo tempo tão longe. Que vergonha! Rondônia precisa sair do discurso, para entrar na prática, de comprar e vender para vizinhos.

5. Mão de obra qualificada. Operadores de máquinas agrícolas de ultima geração, precisão, serviços ambientais, tecnologia da informação e profissões de que necessitamos. Para não precisar trazer gente de fora. Abastecer nossas empresas com meninos nossos. É isto.

6. Incentivo seletivo pela necessidades do estado e não por demanda espontânea. Quais ramos empresariais o Estado necessita? Quais. Tecnologia? Serviços especializados? Serviços médicos? Aquicultura? Economia criativa? Terceiro Setor? E por aí vai.

7. Prêmio de inovação, pelas boas práticas e boas ideias empresariais. Abrir edital, divulgar, premiar. Como isto o Estado se abrirá para os jovens empresários. Novas práticas, deixar rolar oportunidades na pesquisa, produtividade e inovação.

8. regularização fundiária rural e urbana – Ela resolvida será responsável pela riqueza do Estado, pelo dobro do PIB nos próximos 5 anos. Dê o documento que o povo responderá sozinho por mais emprego, mais produção e mais riqueza.

Vou ficando por aqui. Porque houve muito mais sugestões. Agora, é processar tudo isto. E jogar na rua. Pra valer. E deixe que o tempo se encarregará para colocar cada coisa em seu lugar. Mas, a parte do Estado, com certeza, será feita.

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