Este será um ano de eleições. E a eleição livre vem demonstrar que o nosso país é democrático. Mas, só democracia não enche barriga de ninguém. Há uma indignação visível nas pessoas. E frustração geral que é uma ameaça à democracia.
Chegou o momento da “nova política”. A nova política significa dar ao povo a mínima esperança de reconstrução do Brasil. Eu não sei se esta esperança de reconstrução deve vir de cima ou nascer de baixo. Nascer das comunidades, dos municípios, dos estados e ir subindo gradativamente. A gente espera sempre o caminho mais fácil. Que tudo venha de Brasília para este imenso continente que é o nosso país.
Por onde começar este trabalho? Já que são tantas crises dentro da mesma crise? Até a febre amarela que foi erradicada no inicio do Século XX voltou agora. O Aedes e seus malefícios, que não conhecíamos e se veem as consequências, a “zika” e microcefalia. A situação prisional. A necessidade de maior crescimento econômico. A melhoria da saúde pública e da qualidade da educação. A violência. As nossas estradas. A crise ética. A corrupção. E por aí vai.
Por onde começar?
Chegou a hora do redescobrimento. De uma nova constituinte para se refazer o pacto federativo. Arrumar a casa de tantos direitos, que a nossa Constituição de 1988 deixou. Não tem milagre nenhum e nem facilidade nenhuma, o redescobrimento virá das atitudes, porque a indignação com a política não é só brasileira, ela é mundial.
Este é um sistema de vasos comunicantes, um efeito dominó. Do jeito que foi piorando, será o caminho inverso para a melhoria. É começar a fazer. Ao se sair de uma das crises, as outras irão reagindo também para a superação. Eu sempre acreditei na força do interior. Na reação de baixo pra cima. Porque as revoluções sempre tiveram um “broto” para que se esparrame, num mecanismo inacreditável de propagação, que as vezes, nem precisa de nenhum fio, nenhuma rede social. A indignação caminha silenciosa entre os muros.
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