Eu vi algumas fotos das comunidades ribeirinhas, atendidas nos últimos dias pelo Barco Walter Bártolo. Eu vi a necessidade estampada na cara deles. E também a alegria por serem atendidos com dignidade. Um resgate de um modelo que já existiu e o Estado, com o passar do tempo, acabou com tudo. E me veio à cabeça um estalo, daqueles que vem assim, num repente de flecha, de raio, de pensamento. Por que não, o crédito solidário para estas comunidades, dentro de padrões de suas necessidades essenciais de produção?
Eu vejo, nas reuniões que temos no Conselho de Desenvolvimento do Estado, tanta pressão por subsídios para feiras, festas, consultorias, de resultados duvidosos, serem aprovadas. E nunca vi se discutir uma política de crédito solidário para populações comprovadamente necessitadas, isoladas e excluídas. E a ideia ou pensamento quando surge, inesperadamente, vai fluindo como água de bica. E logo me veio outra – a criação do banco do povo da fronteira, dentro do barco, portanto móvel, justamente para que os técnicos da Emater possam aprovar estes pequenos créditos incentivados às populações ribeirinhas, para plantios de açaí, tralha de pescaria, equipamentos simples e necessários, tanques de lona para criação de pirarucu e mais e mais. Desta forma, encarrego a Secretaria de Ação Social para preparar este projeto com a Emater para dispor de recursos para efetivar esta proposta na prática. Se vocês quiserem entender melhor a forma, leiam os livros de Muahmmad Yunus (Banqueiro dos pobres e Empresas Sociais), e mais subsídios no livro Economia Subterrânea de Hernando de Soto. E alguns detalhes mais, na literatura de Clodomir Santos de Moraes. Um voto à criatividade e a inovação para Hérika e Chiquinho. Boa sorte.
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