Eu sempre admirei uma bela praça. Uma bela praça com árvores, bancos, gramados, pistas, sombras, flores. A praça, sem dizer nada, por si mesma, ela atrai gente. O povo tem necessidade de se encontrar. Gente gosta de gente. Gente gosta de encontro. Gente gosta de natureza. De coisa bonita.
E neste mundo atual, muito moderno, avançado, com tanto botão para se apertar e com seus milagres, pouco a pouco, vai tirando o gosto das pessoas para sentarem num banco de praça e pôr a conversa pra fora. Falar de tudo. Porque conversa puxa conversa. Aí é que vem o milagre da praça, que deve ser bem cuidada, que não precisa de muito dinheiro, simplesmente, de manutenção. Ela é milagrosa. Você quer ver, além da pista, coloque a internet na praça, de boa velocidade, gratuita, a juventude irá ocupá-la e esparramar pelos gramados, sentados no chão.
Eu vi em alguns lugares do mundo, grandes gramados, onde os jovens namoram. Coisa linda de se ver. Outros, forram toalhas no chão e ali almoçam, dormem, brincam, conversam. Eu já repeti mais de mil vezes, a mesma expressão, nos meus discursos e entrevistas – a praça é um ponto de encontro. Do mesmo jeito, as feiras livres, os mercados populares, onde se vai andar pelos corredores ver de tudo, principalmente, a iniciativa do pequeno comércio, da imensa capacidade empreendedora de um ponto de verdura, de frutas, de pastéis, rapaduras, doces, temperos.Tem uma magia especial. E o povo gosta de ir, ver, passear, encontrar, parar, conversar, abraçar. Nada é mais natural e fantástico do que no domingo, bem cedo, ir ao mercado popular ou feira livre e sentar num banco e comer uma tapioca ou pamonha.
Eu sou fã de carteirinha de praças, feiras e mercados populares. Aqui em Rondônia, conheço todos. Adoro a feira livre de Rolim de Moura. O mercado popular de Cacoal e de Ariquemes. O de Ji-Paraná. A bela Avenida Major Amarante de Vilhena, um desfile luxuoso de vitrines, o que é diferente de uma praça comum, mas, também extremamente relaxante de se andar e de ver.
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