O povo brasileiro está fatigado da política. Mas, não está fatigado com a indiferença. Porque há um circuito perfeito entre o povo e a eleição. Se um camarada é eleito, entende-se, que ele é o melhor que havia. Porque tiveram tantos outros disputando. Se houve erro em se eleger um picareta, a culpa não é dele. É do eleitor.
A maior desgraça brasileira não é a corrupção. Nem as drogas. Nem a pobreza. Mas, sim o complexo de sermos todos vítimas. Por sermos vítimas de tudo, da política, dos desmandos e não fazemos nada. Preferimos ficar queixando. Reclamando. Sendo contra. Falando mal. Mas, não estamos aproveitando os benefícios da democracia. Que é o de trocar os governos, sem guerras, a cada quatro anos. Só isto aí, já é o máximo.
Mas, não ficamos satisfeitos com isto não. Queremos é ser vítimas. Não agir. Não cuidar dos filhos na escola. Tirar vantagem de tudo na rua. E continuar sendo vítima do sistema. Sem agir. Sem peitar a realidade. Sem mobilizar o seu bairro. Sem interferir em nada. Não. É ficar em casa. Trancafiado, muro alto, morto de medo e continuar sendo vítima do sistema.
Vem aí as eleições para Presidente e outras mais em 2018. Olhando o mapa das nossas lideranças, incrível, que não vemos ninguém com cara de Presidente. Acho que o Brasil está querendo como Presidente, é um mágico, um popstar, um gênio da lâmpada para nos governar. Pena que não há gênio da lâmpada para nos governar.
A violência ameaça, todo mundo tem medo, mas, ninguém se mobiliza. Não fala nada. A não ser, criticar. Cadê a sugestão? Cadê a participação efetiva. Todos cansados dos desmandos da classe política. Todo dia tem desmandos. E os seus desmandos, meu querido irmão? De tanto desmando, terminou que o Brasil ficou com a cara lavada da pouca vergonha. Como se diz, cada país tem o político que merece. E onde está você, neste quadro da sem-vergonhice?
Vem aí novas eleições. E aí? O nosso futuro Presidente está por aí vivinho da Silva. Quem será? Quem será? Pode ser você mesmo, caro amigo. E aí? Só depende de você, meu caro eleitor, “solamente”, felizmente. Pode trocar a vontade. Experimente. Coloque gente nova. Experimente. Faça a revolução, coloque no poder maior da República, alguém que possa atender o seu interesse pessoal, melhorar a sua rua, dar-lhe um emprego, melhor ainda, um bom cargo de confiança e que nada mais, além de você interessa.
Porque você já se cansou. Não sente mais o cheiro de nada. Exauriu os seus sentidos, nem visão, nem audição e nem o tato. Ou pense no Brasil como a Pátria de nós todos. Que está no fundo do poço e que precisa sair de lá. O mais rapidamente possível. E ponto final.
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