A boa arte de negociar: a conversa

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A boa arte de negociar: a conversa

Fui convidado pelo Marcelo Tomé, Presidente da FIERO (Federação das Indústrias de Rondonia), para uma rodada de conversas com uma delegação americana do Estado de Colorado, em São Paulo. Aceitei numa boa e compareci aos eventos,  com muita gente,  das mais diversas áreas de negócios e do conhecimento.

Na parte da manhã, do dia 22 de junho passado, num prédio lindo da FIESP,  no Bairro do Brooklin, todo mundo sentou,  numa arrumação retangular, servido café da manhã enquanto se conversava. Infelizmente, não falo um vintém de inglês, tratei logo de puxar um fone tradutor, além de ouvir também falei o que poderia interessar ao Estado de Rondônia.

Foi falado de tudo, intercâmbio de jovens, integração comercial Brasil (Rondônia) com o Colorado, sobre boi, educação profissional, inovação, cultura, irrigação, recursos hídricos e energia. Um monte de assuntos. A Federação das Indústrias de Santa Catarina apresentou o modelo da empresa na educação, um trabalho fantástico visando a melhoria da qualidade da educação no Brasil. O Presidente Gadelha da Federação da Paraíba expôs sobre a experiência do Colorado na transposição de águas entre regiões.

Marcelo TOMÉ  apresentou o Brasil para os americanos e o foco foi inovação e produtividade no trabalho. E promoveu o Estado de Rondônia, com o mesmo projeto educacional de Santa Catarina. A noite, no jantar,  é que o caldo engrossou, apareceram os empresários, professores, pesquisadores, justamente, aqueles que não tiveram cedo, no café retangular de bate-papos. O  próprio governador do Colorado e tudo começou mais cedo, às 18,30 h, parece que metodicamente combinado, para que em pé, fossem formando grupos de conversas e assim, um apresentado ao outro, enquanto era servido água, vinho, caipirinha, uísque, mais ou menos, como se faz nos leilões de gado aqui no Brasil: primeiro embebeda o fazendeiro e depois o leiloeiro vende o que bem quer.

O cara depois de chapado solta mais a língua e aí surge a mania de grandeza ou riqueza e começa a gastar, mesmo sem nenhuma necessidade.  Eu como sempre, um capiau goiano e TOCANTINENSE,  muito do desconfiado,  tratei de circular entre os grupos, uns falavam em inglês e eu não entendia nada, apenas ouvia, de quando em vez tinha um tradutor brasileiro, que me socorria. Veio o jantar, sem a calma de um jantar caseiro, mesmo mastigando se era apresentado a alguém e quando foi  as 20,30 h tratei de sair sem me despedir de ninguém.

Nada contra o americano, nem o preconceito e nem a xenofobia. Mas, a admiração por ser um povo que percebe longe as oportunidades e a lógica, é mais do que evidente, o momento de oportunidades imensas que o Brasil oferece. Ainda mais agora, na situação que se encontra, um país barato, devido a crise que nos assola. E como no mundo,  tudo é uma mão dupla, enquanto um compra o outro vende, enquanto um sabe mais o outro aprende mais. E é assim que a vida rola.

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