Dinheiro na lata do lixo

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Dinheiro na lata do lixo

Rondônia já está madura ao ponto de não desperdiçar recurso público. Este negócio de entregar trator, implementos, calcário, mudas de café e cacau deve ser feito com muita responsabilidade. A primeira ação que se deve medir é a organização da entidade, capacidade gerencial, projeto de uso de máquina, insumo ou dinheiro. Se não tiverem  estas qualidades, não adianta fazer nada. É jogar dinheiro público na lata do lixo.

Certa vez, andando num a “linha” do outro lado do Rio Madeira, entrei num sítio e deparei com uma senhora, quintal enorme, cheio de cupuaçu e açaí. Conversa vai, conversa vem, depois elogiar a fartura de frutas, indaguei se ela tinha máquina para despolpar as frutas. Ela foi comigo a um poleiro, no fundo do quintal e lá estava a máquina despolpadeira que o Estado havia lhe entregado.

Ao Estado cabe a preparação destas comunidades, através da Emater, cooperativas ou serviços credenciados para a fiscalização de cada etapa. Mas, bem antes, a capacitação massiva de todos os seus membros.

Trocando em miúdos – a Teoria da Capacitação Massiva, mais ou menos, na didática do professor Clodomir Santos de Moraes.

Outro componente indispensável será o, de introduzir novas lideranças  nas associações, que em grande parte, são os mesmos diretores,  há mais de trinta anos. Não mudam. Por isso, não avança.

E por fim, é saber de verdade, se eles  (pequenos produtores familiares) querem a inovação e produtividade em suas propriedades? Se querem a Assistência Técnica, máquinas e insumos? De repente, não querem. Ou apenas, querem a festa, para receberem a chave da máquina e tirar a fotografia?

Eu sou testemunha ocular – Rondônia tem um cemitério tecnológico por aí.

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