Segurança pública – Uma nova ordem

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Segurança pública – Uma nova ordem

O Coronel José Vicente, Polícia Militar do Estado de São Paulo é estudioso da segurança pública. Ele é bem prático, simples. Sempre é convidado para orientar os governos estaduais, na difícil tarefa de garantir a segurança do povo. A política de segurança pública não pode ter o efeito sanfona. Há uma profunda falta de respeito ao cidadão, com as “novidades” de cada governante.

Não vou falar aqui, o que sempre se fala e o que se sempre se sabe. O Brasil é este que temos aí à frente. Não temos outro.

É fácil por defeito para não se fazer nada. E não vou tocar aqui em efetivo policial, em salários, balas, tanques, dinheiro e no mundo ideal das coisas. E sim, de tudo que poderemos fazer com a situação de que dispomos hoje. Sendo que uma delas, muito importante que  é o da integração entre as polícias. Este é um trabalho de RH e psicólogos e de líderes verdadeiros. Para desarrumar os mitos e arquétipos entre as corporações.

Não vou falar aqui sobre  INTELIGÊNCIA, que é mais importante do que ficar se batendo atrás de “noiado” na madrugada. Nem preciso repetir que o 190 deve funcionar bem, a tempo e a hora. Nem vou tocar na importância das reuniões mensais com o Conselho de Segurança pública. E que o uso da tecnologia complementa a carência do efetivo ideal. E que os inquéritos sejam bem instruídos. E que não sirva apenas um faz-de-conta para enrolar o cidadão prejudicado. E que o distancia em fé  e instrumento de  confiança.

A segurança pública no Brasil deve ser reavaliada a fundo. E deixar do empirismo, voluntarismo de um ou de outro cabra-macho, mas, entendida como uma ciência envolvida com estratégias,  estatística, educação, sociologia e economia. Sem projetos impossíveis e mirabolantes. Mas, no “chão da fábrica” se discutir as alternativas de integração. O mundo de hoje é muito diferente do que vi nos anos 60.  Está bem melhor, mas, bem mais complexo. E para soluções complexas há sempre uma solução simples.

Enquanto nada se muda e nada se faz de diferente, ser bandido vale a pena. Vejo que a figura de um Secretário de Segurança, antes de mais nada, deve ser o de um super-homem da integração. Um homem-polvo que deve abraçar a todos e um agente de uma contrarrevolução, que saiba operar e vacinar ao mesmo tempo.

 

 

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