Não há data para se ter consciência de que o Estado não pode tudo. O Brasil não aguenta com a carga da saúde no lombo dela. Embora, faça milagres. Nem a carga pesada dos direitos, que são tantos, nem com todos os benefícios sociais oferecidos. É tanta a carga e vai se colando cada dia mais coisas dentro de bruaca que a mula ou deita ou morre.
Porque nós todos estamos acostumados com este jeitão de tocar a vida. Mas, nem tanta gente, que não está nem aí para a Estado, que nem mesmo sabe o que venha ser o Estado. E fica no seu canto labutando, no dia a dia, para com o suor do próprio rosto tirar o sustenta da família. E vou lhe dizer, que é a esmagadora maioria. Muito pouca gente tem acesso a prefeitos e pior ainda a governadores, para fazer suas queixas, pedidos e reclamações. A maioria carrega a sua dor por dentro, sozinha, e vai levando a sua carga até o fim dos seus dias. Sem aborrecer e nem pedir nada a ninguém.
Direitos mesmos, a não ser 0 de viver e sobreviver, bem poucos lutam por outros. E já se bastam com o direito natural de viver. Tem muita gente de vergonha por este Brasil afora. Este ano, está bem aí a primeira campanha política no pico da Lava-Jato, e eu quero ver como é que será o comportamento dos candidatos e dos eleitores. Será que todo este mundo de denúncias, crimes, prisões e quase todas vindas de captações irregulares de campanhas eleitorais, não irá influenciar o comportamento dos candidatos?
Será!
Será que ninguém irá se atinar para esta nova realidade e procurar fazer uma campanha simples, sem promessas, sem vender a mãe, sem vender a casa de morar, sem pegar dinheiro emprestado, sem fazer caixa dois, de não fazer nenhum promessa absurda e que não irá cumprir de jeito nenhum? Está aí colocado uma cerca na política brasileira, o antes e o depois. Eu quero ver como ficará estas coligações proporcionais para vereadores, estes benditos e eternos pedidos de “pedir para o candidato a prefeito a estrutura para fazer campanha”.
Como se diz, eu sou vou com você se me der gasolina, carro, formiguinhas, material publicitário, estas coisas todas. Meu caro amigo, não vai dar. Não faça isto senhor ou senhora candidata a prefeita, não faça isto. Não venda a sua alma para ganhar uma eleição, muitas vezes perder é ganhar e ganhar é perder. Se você tem vontade de ser político, de fazer carreira,de prestar bons serviços ao seu povo, pode entrar na campanha, mas, não venda a alma pra ninguém, nem sacrifique a sua família, de jeito nenhum. Não fique triste se você perder gente que quer mamar nos seus peitos magros. Deixe pra lá. Que se vão!
A sua campanha já começou no dia que você nasceu, pela maneira de ser, de tratar as pessoas, de se comunicar, de fazer o bem comum a todos, de ser bacana no seu serviço, com seus vizinhos, ser bom pai de família, ser bom pagador de suas contas. Aí sim, você está apto a ser um candidato. E se prepare, se eleito for, carregar em suas costas, todos os pecados do mundo, e ir levando, de vez em quando uma multa do tribunal, um briga com a Câmara de Vereadores, e de vez em quando, mesmo que não fale, mas, dá uma vontade danada, de mandar certas camaradas ir tomar no c….
Como pode, não será agora, em 45 dias que você fará a grande virada. Não adianta prometer nada acima do que possa cumprir, e nem favores pessoais, e nem empregos para ninguém. É esta a lição da LAVA-JATO, moral, ética na política, fazer as coisas certas. Não coloque mais peso na bruaca acima do que possa carregar de fato. E o Brasil precisa avançar para um outro lado. A gente não pode ficar oferecendo coisas que será impossível de atender. Ninguém pode aposentador todo mundo sem ter contribuído com a previdência, nem furar fila dos hospitais para atender ao seu eleitor pelos fundos e nem ficar prometendo terras se você não tem os meios garantidos para oferecer um assentamento para quem é realmente um trabalhador rural necessitado.
O problema do Brasil é o ter uma Constituição feita para um país que ainda não existe. Direitos demais. Direitos adquiridos demais. Cláusulas pétreas demais. Direitos trabalhistas que prejudicam o próprio trabalhador e quebra o empresário. Uma coisa de louco. E o servidor público, em grande parte, agarrado numa estabilidade, esquece do seu compromisso. E só trabalha se tiver uma gratificação extra. E se não tiver a gratificação extra fica morrendo de raiva pelos corredores. E fazendo um fuxico louco contra todo mundo. Este país tem que ser passado a limpo. Ou vai por bem, ou por mal, do tipo que está fazendo as polícias e operação Lava-jato. Este é um país que vive de sonhos, achando que o Estado pode carregar todo a carga e tem mais peitos do que uma porca com 16 leitões e só tem dez tetas. É por tudo isto, que não se pode encher a bruaca demais.
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