MEU ESTRANHO CALMANTE

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Já ouvi alguém dizer que governar é sofrer. Se não for científico o que foi dito, tem muito de verdadeiro. Porque dificuldade é todo dia. É como se fosse uma corrida com obstáculo, o importante é você chegar vivo e em boa forma no final demarcado. Não espere da oposição flores. Ainda se tem que responder por todas trapalhadas de assessores diretos ou distantes. E tudo recai sobre o governo. Tem  dia que não tem jeito. A gente fica derrubado. Triste. Triste por dentro. Não dá para demonstrar tudo para o povo. A gente tem que se aguentar. E sempre estar com sorriso aberto vendendo felicidade. 

cemiterio

Fui aprendendo ao longo do tempo a suportar pressão sem gritar. A levar “porrada” sem retrucar. Aprendi a engolir seco. E fiz disso o meu estilo de viver. E não tenho como me arrepender. Tenho uma mania estranha, bem estranha mesmo, quando estou no meu limite, vou visitar os túmulos dos meus pais e parentes no cemitério. Fico ali olhando os que foram e o que são hoje. Mortos. Lembro da luta deles, das suas palavras, sofrimentos e que tudo passou. E depois de refletir, de pensar a existência percebo que não devo me estressar. Que devo me manter sereno sempre, prudente sempre, sorrindo sempre, sem brigas, sempre. E tocar a vida. Meu pai tinha uma filosofia prática e leiga na política, ele que foi vereador na década de 40: “desde que não atrapalhe seus objetivos e planos, pode ceder e negociar”.

Pra mim, este contato me tranquiliza muito. 

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