São histórias tristes e reais. Líderes locais digladiam-se pelo poder local. Ao atinji-lo, quebram se os sonhos, promessas e esperanças. Tudo está envolvido por um tremendo cipoal burocrático e fios de aço (que são as leis).
Pobres prefeitos, atordoados por maldições – folhas salariais impagáveis, direitos acumulados de servidores, estabilidades nos empregos públicos e ali, diante de intransponível ponte, ficam olhando horizontes de fogaréus e fumaças.
Tremenda saia justa. E além do mais, muitos deles com baixa arrecadação, vivendo apenas de repasses externos, que são insuficientes. O que fazer?
Nada no curto prazo. Mas, seria prudente não fazer concurso nenhum por dez anos. Buscar parcerias de todas as formas e implantar tecnologia na gestão. Parece tão distante, falar de tecnologia para quem não tem nada. Absolutamente nada. Até o telefone está silencioso. Enfim, somente, a tecnologia pode salvar os pobres municípios brasileiros.
Onde se pode eliminar o carimbador de papéis. Os protocolos. Uso do papel. Reduzir a burocracia. Modernizar a receita pelo Profaz, oferecido gratuitamente pelo Tribunal de Contas do Estado.
Buscar o SEBRAE, EMBRAPA, EMATER, CEPLAC, e, juntar benditas forças para aumentar a produção de riquezas locais. Para isto, fazer rodas de conversações com agricultores, com comerciantes, com feirantes. Ouvir e ouvir. E fazer e fazer.
Olhar o mundo inteiro. Olhar os países do deserto. Como eles vivem por lá. Como fazem para sobreviverem com ventos, areia e sol quente. E assim mesmo, conseguirem gerar riquezas. Fora isto, em caso extremo, seria a extinção de municípios comprovadamente inviáveis.