Como tudo na vida, os negócios começam, quase sempre, pequenos. E o brasileiro tem grande capacidade empreendedora. Incrivelmente resistente e teimoso.
Algumas “linhas” de Cacoal foram surgindo, por conta e risco dos criadores de galinhas poedeiras. E foi crescendo. Bem sabido que, no início, foram-se produzindo ovos, e vendendo ali mesmo no município. Mas, o negócio foi crescendo e as vendas se ampliando para os vizinhos. De certo ponto para cá, ainda sem todos os equipamentos exigidos pela Vigilância (Idaron e Sanitária), trataram de se organizar, na forma da lei.
A vontade de todos eles para se legalizarem, é grande. E estão fazendo o dever de casa. Os galpões já estão erguidos. O maquinário virá do Estado na parceria com as agroindústrias.
De poucos dias para cá tiveram cargas apreendidas. Os fornecedores anunciaram o rompimento das compras. E o céu escureceu, de repente. Muito ovo e pouca venda.
Desde o ano passado que venho acompanhando estes produtores. São jovens. Geralmente trabalham em família. E a Secretaria de Agricultura do Estado vem monitorando as obras. E todo mundo animado.
Claro que está certa a medida. Mas, ela veio numa hora errada do processo. O pessoal está metendo a cara no negócio, terminando as instalações, e este “baque” corta o combustível deles.
Proponho que a Secretaria de Agricultura, nesta segunda-feira, junto com as prefeituras de Ji-Paraná e Cacoal possam encontrar a alternativa de transição. E que não prejudiquem os produtores. Porque a nossa política é de incentivo aos pequenos, para que possam expressar todo potencial empreendedor que têm.
Até o queijo “canastra”, lá de Minas Gerais, que foi considerado ilegal por vários anos, vendido escondido, agora é marca registrada daquele Estado, veiculado na televisão o dia inteiro, registrado como produto nativo de Minas, orgulho do Estado e é vendido em larga escala, em todos os lugares deste país.
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