Maioria das pessoas tem mais incertezas do que certezas. Isto vem desde a infância. Talvez, nela seja a fase que se tem mais certezas do que incertezas. As crianças sempre tem respostas na ponta da língua e dizem o que bem pensam, imediatamente. Agora, a medida que se vai crescendo, é que vem surgindo cada vez mais as dúvidas.
Vou ser jogador de futebol?
Vou parar de estudar?
Eu não gosto de matemática?
Ou mesmo, dizer que ainda não sabe o que irá fazer mais tarde. O maior papel da escola é o de justamente, ensinar as crianças a pensarem. Mas, gente do céu, como ensinar uma criança a pensar? Na realidade é abrir o mundo para elas e deixá-las ver todos os caminhos. Agora, aqui, entra um campo tão vasto, que a gente nem sabe por onde inciar. Como se diz, é inciar iniciando.
A escola, como funciona hoje, não tem este objetivo, o de ensinar as crianças a pensarem. Quando muito, o que é feito, é a repetição de textos iguais, palavras iguais, histórias iguais, aulas iguais, para que possa fazer uma prova e passar no final do ano. Agora, pensar mesmo, ninguém ensina pensar. Os rumos mais comuns do pensamento – vem da filosofia, que faz um mundo de perguntas para nós todos e deixa, quase sempre sem nenhuma resposta.
Do outro lado é a matemática, os jogos, o xadrez que vai fustigando pontos da memória humana e fazendo o pensamento dar outras voltas. Eu fico imaginando, como será a Escola Lydia Johnson, Asas do Saber, e todas as demais escolas do Brasil, o que devem fazer, na prática, para ensinarem os alunos a pensarem. Na Lydia Johnson ainda mais grave, que não tem nenhum aluno ainda matriculado, e que maioria daqueles que virão, deixaram há muito tempo, a sala de aula, pelos mais variados motivos.
Aí eu creio, que não há fórmula pronta e acabada. E que na realidade, tudo deve vir é dos próprios alunos, deles mesmos, através de constantes questionários, indagações, busca dos seus desejos conscientes e inconscientes e a escola, dos seus interesses, e ir dando guinadas para direita e para a esquerda, não ter rota fixa, acomodando às tendências dos estados mentais dos seus alunos.
É indispensável que não se trave a escola. Hoje em dia, tudo é mais fácil. Basta ouvir palestras no TED talks, YouTube e noutros pontos do conhecimento virtual. Como fazer os jovens pensarem? E tudo deve se resumir numa palavra – respeitar o seu interesse. É no interesse que está a razão do pensamento. Da investigação, do desejo de estudar cada vez mais. E ir mais longe, quem sabe, ao invés de abrir muito o leque e confundir às crianças, não seja melhor reduzir as opções? Ninguém deve e nem pode saber tudo que o mundo tem.”Vim ao mundo para pensar certas ideias”.
Que ela (escola) vá pegando a sua velocidade de acordo com o time que tem. E com a força , deturpada ou não dos seus alunos. E que sabiamente, com apoio não só de psicólogos, porque aqui, não cabe apenas o psicólogo clinico tradicional, que busque doença da mente, mas, psicólogos matemáticos, estatísticos, economistas – que saibam trabalhar com dados, números e interpretações.
O caminho da Escola Lydia Johnson é um caminho torto. Inicialmente torto, e que pode continuar torto e quem sabe ficar eternamente torto, para poder dar certo.
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