Muita coisa acontece, em nosso dia a dia, que se vai fazendo e que está errado, e que a gente acha que não está errado, porque são pequenas coisas que todo mundo faz. E porque todo mundo faz, eu também tenho que fazer? E ainda achar que está correto.
De vez em quando, não se coloca o cinto de segurança. E quem está no banco de trás sempre diz que não precisa. Porque no banco de trás o passageiro tem “mais segurança”.
E o uso do telefone celular enquanto dirige. Parece tão simples. Tão inofensivo. Que mal faz falar ao celular, enquanto se dirige? E conversas tão boas, que parecem urgentes, como falar de amor, de ódio, de serviço, de filhos.
Nem sabe você, a estreita ligação dos acidentes fatais ou não fatais, enquanto se telefona ao volante. Mas, é uma coisa tão simples, rotineira. O cérebro é limitado. Há lacunas em nossa atenção. A mente dá um jeito de tornar essas lacunas invisíveis para nós. Acreditamos estar seguros quando não estamos.
Para quê tanta implicância da Polícia?
Celular ao volante é tão perigoso quanto beber uma garrafa de uísque. O motorista fica ausente. Ele sai da órbita do carro e entra na órbita das ondas do celular. Vem o acidente. E aí?
Recomendo – ao entrar no carro, para dirigir, desligue o celular. Não lhe fará nenhuma falta. A notícia virá mais tarde, se ela for importante. Ou nunca mais a ligação voltará. Maioria é besteira. Adiável. Não se engane com disfarces de fone de ouvido e estas coisas. Não adianta.
Uma aposentadoria no Governo, demora tanto, tem vez que dois ou três anos e a pessoa fica em casa. Está precisando de um ataque de psicologia comportamental, da equipe de recursos humanos, um estalo, para mudar tudo isto. A mente humana tem seus costumes e hábitos enraizados. A mente humana muitas vezes não tem interesse em se abrir para outra realidade. A mente humana prefere o caminho mais fácil. E mais agradável. A mente humana é falha.
Quanto mais tempo se passa fazendo o errado, achando que está certo, vai ficando, difícil de mudar. De aceitar a mudança. A mente armazena o errado como certo. A compra por impulso. Não iria comprar queijo no mercado, terminei comprando. Não iria comprar aquele sapato no shopping, terminei comprando. É o comportamento, a onda, o prazer que dá e ilude. E depois a gente chora e se arrepende.
Porque construir loteamentos tão distantes dos centros das cidades? Justamente para os mais pobres? Parece que deseja que o pobre sofra mais. Pena dos ônibus cheios e atrasados, dos trechos escuros, da falta de apoio de escolas e de segurança. Há tantos prédios antigos, desabitados, terrenos baldios nos centros das cidades.
As pessoas sempre esperam missões para fazer, cumprir ordens, seguir receitas prontas, mas, tem coisa que a ciência evidencia claramente, todo mundo consegue enxergar, mas, nada é feito justamente porque ninguém jamais disse. Por exemplo, o bom atendimento nas salas de espera dos hospitais ou uma chamada de um cidadão aflito no 190. Tão simples de fazer, mas, a mente humana acostumou a não fazer. E fica sempre assim.
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