Tenho visto em muitos lugares, ora por iniciativa da comunidade, ora por prefeitos, o oferecimento de eventos e festas para o povo. E todo mundo sabe o orgulho que há em muitas cidades do Nordeste, no mês de junho, com a Festas de São João, na disputa ferrenha entre Caruaru (Pernambuco) e Campina Grande ( Paraíba). Trinta dias de forró.
Pensando bem, toda cidade poderia também criar suas festas. São Paulo inovou com seu programa chamado VIRADA CULTURAL. A cidade inteira com eventos sem parar por vinte e quatro horas. Shows e mais shows.
Muita gente é contra. Acha que é jogar dinheiro fora. Eu não penso assim. Em Parintins, no Amazonas, a Festa dos Bois e suas baladas movimentam a cidade. Movimenta a economia. Os músicos trabalham. Os atores se despontam com suas criatividades. É o que se chama, por assim dizer, ECONOMIA CRIATIVA. O homem por si, criando, gerando riqueza.
Cada cidade pode inventar como quiser o seu movimento cultural. Ele naturalmente flui do seu próprio povo. Do seu imenso poder inventivo. E tudo gera dinheiro. Veja bem, o que tem acontecido com a música sertaneja no Brasil, que veio inspirada no caipira, no sertanejo, no boiadeiro, depois na cidade, com uma cara nova – de “sertanejo universitário”. O Brasil Central irradiando a musicalidade do povo e com imenso sucesso.
As praças, os becos, as alamedas podem se transformar em ambientes alegres. Pontos de encontro de todos. Músicos ao ar livre. O artista e o povo, cara a cara. Este encontro é saudável, como se vê, domingos à tarde, na Avenida Paulista – São Paulo. Shows populares, ao acaso encontrados.
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